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Carro do IRC é preparado para a disputa em Curitiba: temporada teve a chegada de pilotos de elite | José Mário Dias/ Divulgação
Carro do IRC é preparado para a disputa em Curitiba: temporada teve a chegada de pilotos de elite| Foto: José Mário Dias/ Divulgação

A crise financeira que abalou o mundo em 2009 ainda reverbera no automobilismo. Nesta semana, Curitiba recebe dois casos dis­­tintos dos efeitos da recessão econômica iniciada nos Estados Unidos. Enquanto o Campeonato Mundial de Carros de Turismo (WTCC) desembarcou na capital paranaense "apertando o cinto", o Desafio Internacional de Rali (IRC) comemora um começo de ano de boas novas.

"Com a crise econômica, muitos pilotos do WRC (Desafio Mun­­dial de Rali, principal categoria da modalidade) migraram para o IRC, que hoje adota fórmula e carros tecnologicamente bastante competitivos", diz o promotor nacional da modalidade no Brasil, Marcos Marcola. Nes­­te ano estão inscritos 53 pilotos, 15 a mais que na temporada passada. "É uma categoria que vem crescendo a cada ano. Custo menor é um dos fatores. Um carro do WRC custa, em média, 1 mi­­lhão de euros. Um IRC fica em torno de 300 mil euros", compara.

É o segundo ano que Curitiba é a única sede do IRC na América Latina. A etapa recebe o nome de Rali Internacional de Curitiba. Para que a largada oficial se realize amanhã, foi necessário R$ 1,5 milhão, mesmo valor do custo no ano passado.

O WTCC não teve a mesma sorte: com a crise financeira ainda afetando a Eu­­ropa, reduziu orçamento: cortes de 40% no R$ 1,5 milhão de reais investidos em 2009.

Para este ano, o WTCC não conta com equipes da montadora espanhola Seat, que deixou a competição oficialmente, apenas apoiando times independentes; a BMW reduziu de cinco para dois carros no campeonato e a russa Lada também saiu. "Já esperávamos que 2010 seria um ano difícil para o automobilismo esportivo. Trabalhamos para ge­­renciar e reduzir ao máximo os efeitos negativos. Mas acredito que começar a primeira etapa com 20 (dos 26) pilotos é um fato de sucesso num momento como este", fala o diretor geral do WTCC, o italiano Marcelo Lotti.

"Assim como a Fórmula 1, em que houve saída de equipes e ou­­tras podem não chegar ao fim da temporada, as equipes do WTCC tiveram de fazer ajustes", diz o promotor da etapa de Curitiba (que abre a competição), Augusto Farfus. "Para manter a qualidade do evento, a grande sacada foram as parcerias: contamos com produtos e serviços prestados de empresas que, em troca, têm sua marca vinculada ao evento", ex­­plica.

Lotti aposta na volta do crescimento econômico em 2011, es­­pecialmente pela entrada em vigor do novo regulamento da mo­­dalidade. "Adotaremos um novo motor, 1.6 turbo, menor, me­­nos poluente e de menor consumo. Como poderá ser usado nas provas de rali e turismo, permitirá aos fabricantes amortizar seus investimentos. Além disso, estamos em contato com novos construtores interessados em participar do WTCC a partir de 2011", afirma.

Serviço:

IRC – Hoje, às 14 h, os pilotos promovem uma sessão de autógrafos na Boca Maldita. Às 14h30, largada promocional. Às 15h30 realiza-se o Prólogo, na pista dos Super Prime, ao lado da Câmara Municipal de Pinhais, em que se define a ordem de largada. Amanhã serão realizados oito trechos do rali, sendo o primeiro às 8h30, no Parque Barigui. No sábado, as largadas começam às 8h20, no trecho de Bocaiúva. O Super Prime (etapa final) começa às 15h35. A entrada é gratuita.

WTCC – A partir das 11 h, na Boca Maldita, os pilotos farão uma sessão de autógrafos. Amanhã, treinos livres a partir das 9 h e classificatórios a partir das 16 h. No domingo, serão disputadas duas etapas da competição, a partir das 14h20. O custo do ingresso é a doação de 2 quilos de alimento não perecível (exceto sal). Pode ser adquirido nas Ruas da Cidadania, no Teatro HSBC e nos supermercados Condor.

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