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Rubinho ao lado de Bernardinho: o braço-direito do técnico perfeccionista | Alexandre Arruda /CBV
Rubinho ao lado de Bernardinho: o braço-direito do técnico perfeccionista| Foto: Alexandre Arruda /CBV

O sucesso de Bernardinho dentro do vôlei brasileiro lhe rendeu al­­guns apelidos. Os mais exagerados chamam o técnico do time masculino de "Midas", por transformar todas – ou quase todas – as competições em medalhas de ouro. Em meio à obsessão pela perfeição, o treinador dá de ombros para o conceito. Quer seguir trabalhando para transformar o próximo campeonato em... ouro.

Ao lado do "Midas", porém, qua­­se despercebido no canto do banco de reservas enquanto o chefe esbraveja com os jogadores à beira da quadra, está Roberley Leonaldo, um curitibano de nome exótico que prefere ser chamado de Rubinho.

Há quatro anos é ele quem tenta ser a voz da ponderação a cada parada técnica, o assistente dá instrução "ao pé do ouvido". Em 2010 recebeu a incumbência de cuidar da defesa, do passe e da recepção. Além, é claro, de espionar os adversários. E faz com gosto, sem medo de cara feia.

"A impressão pode até ser diferente, mas [o Bernardinho] é tranquilo, acessível. Como é perfeccionista ao extremo, te induz a aprender coisas novas, a aumentar o padrão da equipe", diz ele, que acumula com a seleção o cargo de técnico principal do time de São Ber­­­­nardo, no ABC paulista, bancado pela prefeitura em parceria com o banco mineiro BMG.

A tabelinha com Bernardinho transformou Rubinho em um mul­­ticampeão. Venceu campeo­­na­­tos sul-americanos, ligas mundiais, Mundial, entre outros títulos de menor expressão. Agora se prepara para embarcar com o time nacional para a Itália, palco do próximo Mundial, entre 25 de setembro e 10 de outubro.

"Podemos ser tri e empatar com a própria Itália. Mas é preciso ter cuidado. Todas as equipes estão buscando o Brasil", conta, propagando o discurso padrão do chefe.

Rubinho, porém, interromperia a caminhada dentro da Con­­­­federação Brasileira de Voleibol (CBV) por uma retomada das origens. Por uma volta à capital paranaense para implementar um núcleo de vôlei, res­­gatando a experiência de sucesso do Rexona, entre o fim da década de 90 e o início dos anos 2000.

"Curitiba sempre foi um polo interessante. O problema é que os garotos não têm onde jogar quando chegam à ca­­tegoria adulta", diz ele, com a experiência de quem tentou tirar do papel o projeto em três tradicionais clubes do estado – Curitibano, Santa Mônica e Cocamar (Marin­­gá). "O problema é sempre a falta de um patrocinador forte".

A retomada, por enquanto, não passa de um esboço, rabiscado com a ajuda do jogador Giba, outro representante do Paraná na seleção. A intenção deve ganhar corpo, realmente, com o fim da carreira do atacante de 33 anos, ainda sem data marcada. "Isso é um so­­nho. Sou um curitibano bairrista que trabalhou muito pou­­co na cidade com times adultos. É um sonho", ressalta.

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