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Em vez do jogo com o Grêmio, às 16 horas de domingo, em Caxias do Sul, o próximo confronto que interessa ao torcedor rubro-negro está marcado para hoje, às 13h30, no Tribunal Regional do Trabalho, em Curitiba. É a audiência do caso em que o Atlético pede a prorrogação de contrato do atacante Dagoberto por 348 dias – no entender do clube, período equivalente ao tempo que o jogador ficou afastado em decorrência da lesão nos ligamentos do joelho esquerdo, sofrida em outubro de 2004.

A primeira parte da audiência é uma tentativa de conciliação. Mas como as duas partes têm opiniões totalmente divergentes, é quase impossível sair um acordo. A expectativa, então, é saber se o juiz responsável vai manter a decisão de seu colega que prorrogou temporariamente o contrato por 250 dias – espaço de tempo entre a contusão e a primeira volta ao time –, aumentar para 348 ou, como quer o jogador, restaurar a data original.

Para se posicionar, o juiz contará com as informações da segunda fase, quando serão ouvidas testemunhas, e analisar as novas provas trazidas pelo advogado de defesa, Fernando Barrionuevo. Como a tese dele é longa e precisará ser estudada, é provável que a decisão nem saia hoje. Ficaria para amanhã ou semana que vem.

A intenção de Barrionuevo é mostrar que a reivindicação do clube não vale por estar baseada em uma lei derrubada antes de o jogador se contundir. "A lei foi revogada dia 1.º de março de 2004. Vale a legislação que estiver em vigor no momento", afirma.

O argumento do Atlético, aceito pelo juiz que concedeu a antecipação de tutela, é de que a lei estava em vigor quando Dagoberto assinou contrato com o clube (23/7/2002).

A disputa judicial parece estar longe do fim. Seja qual for o resultado, a parte que se sentir prejudicada ainda tem duas instâncias para recorrer. Enquanto isso, Dagoberto segue dividido entre o tribunal e o campo, o que, segundo ele próprio, está atrapalhando seu rendimento.

"Não vou ser mentiroso de falar que não. Quando coloco a cabeça no travesseiro penso muitas coisas: clube que entra na Justiça contra mim, pessoas que falaram coisas a meu respeito... Mas sempre coloquei a camisa com muito empenho", desabafou, após a derrota de sábado para o Corinthians.

Apesar disso, ele garante que sua intenção é cumprir o contrato, seja o original ou o prorrogado. A diferença é que, caso o juiz decida a seu favor, a multa rescisória para transferências nacionais cairia imediatamente de R$ 16,2 milhões para R$ 5,4 milhões – redução prevista no contrato quando o vínculo entra no último ano. Um valor acessível para clubes como São Paulo e Santos, que esperam ansiosos o resultado do tribunal.

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