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Depois de vencer uma briga judicial que durou quatro meses e meio e conseguir prorrogar o contrato de Dagoberto por mais 250 dias, agora o Atlético terá de correr contra o tempo para reconduzi-lo o mais rápido possível à vitrine e conseguir negociá-lo antes do fim de março do ano que vem.

Caso contrário, de nada valerá a incursão nos tribunais, já que pela Lei Pelé, faltando um ano para o fim do vínculo (o que agora ocorrerá em 29/03/2007) a multa rescisória cairá para 20% do valor original, ou seja, R$ 5,4 milhões. No caso de transações para o exterior, a multa não muda: US$ 27 milhões.

"O Atlético quer dinheiro, se quisesse o jogador não o teria afastado. Agora, para vendê-lo, terá de colocá-lo para jogar. Aí, em janeiro, a gente senta e vê as propostas", afirma Naor Malaquias, da Massa Sports, que gerencia a carreira do atleta.

O procurador adianta em dois meses a data limite do Atlético, pelo fato de ser em janeiro o fim da janela para transferências ao mercado europeu. Até lá o Rubro-Negro estaria tranqüilo, pois nenhum clube brasileiro poderia tirar Dagoberto da Arena por um valor inferior a R$ 16, 2 milhões (a multa atual), o que inviabiliza, por exemplo, uma manobra na qual algum clube nacional sirva de ponte para um negócio internacional.

Nessa situação, o jogador, que está há dois meses e meio sem atuar – a última vez foi contra o Grêmio, dia 13/08 – e treinando separado do grupo, foi reintegrado ontem ao elenco Rubro-Negro e não será surpresa se já for relacionado para a partida contra o Paraná, amanhã.

A intenção de Vadão era contar com o atacante bem antes. O treinador chegou a chamar Dagoberto para o jogo contra o Nacional, no Uruguai. O atleta teve até a passagem reservada para se unir ao grupo, mas acabou ficando em Curitiba para não perder a audiência na Justiça e por estar com uma virose.

Agora, o empecilho para a volta do atacante, contudo, seria a boa fase da dupla titular. "Vamos ver. O Dagoberto teve uma virose e perdeu o condicionamento físico e a força e terá de ser avaliado. Mas temos de entender que o Marcos e o Denis estão muito bem."

Oficialmente Atlético é econômico sobre o assunto. "Está tudo ok (a reintegração). A hora que o Vadão quiser poderá utilizá-lo", limitou-se a dizer o diretor desportivo do Atlético, Marcos Moura Teixeira. Mais sobre o assunto, o dirigente garante falar hoje pela manhã, na janela destinada à imprensa no CT do Caju.

Se não atuar no clássico, restariam a Dagoberto e ao Atlético mais 9 ou 11 partidas em 2006. Seriam sete jogos pelo nacional e dois ou quatro (caso chegue à final) pela Copa Sul-Americana.

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