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O atacante do Atlético Paranaense Dagoberto prometeu conceder uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (29) para falar da sua situação no clube e o tratamento que ele vem recebendo nos últimos meses. Porém, a entrevista acabou cancelada. A gota d’água para o jogador quebrar o silêncio foi o corte da delegação de 19 jogadores que viajaram para Frisco, nos Estados Unidos, onde os reservas do Furacão jogam contra o FC Dallas no sábado (31).

Segundo Dagoberto, um comunicado oficial exigia sua apresentação no CT do Caju na terça-feira (27), para embarcar com a delegação. Porém, quando o jogador já estava no ônibus junto com os demais jogadores, foi informado do corte, prontamente confirmado pela diretoria atleticana em seu site oficial. Revoltado, o atacante manifestou abertamente o seu interesse em jogar pelo São Paulo.

"Coloquei metas na minha vida. Não sou burro. Quais são os melhores clubes do Brasil, hoje? Tenho objetivos, e o de agora é jogar no São Paulo. Se fosse outro clube, poderia estar tudo resolvido. Mas eles já tiveram um problema com o Aloísio e todo mundo viu o que aconteceu", comentou o atacante na terça.

Uma coletiva para tratar desses assuntos foi marcada pelo atleta nesta quinta, mas logo os procuradores de Dagoberto, Marcos e Naor Malaquias, da Massa Sports, trataram de orientar o jogador a cancelar a entrevista, para evitar maiores polêmicas. Segundo Naor Malaquias, ele seguirá trabalhando, em silêncio, no CT do Caju, até que o recurso impetrado pelo Atlético no Tribunal Regional do Trabalho de Curitiba venha a ser analisado.

O clube pede que a multa rescisória do contrato de Dagoberto, que caiu nesta quinta-feira (29) de R$ 16,380 milhões para R$ 5,460 milhões, seja mantida por mais 98 dias, passando a data da redução para o dia 6 de junho. O procurador não prevê um desfecho para a "novela" até que a justiça julgue mais uma vez o caso. "Vamos aguardar, o Dagoberto segue treinando em separado no clube, e não temos previsão de quando sairá uma definição", disse Malaquias.

Ainda segundo o procurador, "o melhor que o jogador pode fazer é não polemizar", para evitar novos incidentes com a diretoria do Furacão. "Ele foi cortado mais uma vez, em 20 jogos neste ano, ele jogou 30 minutos em apenas um. É ruim para todos, mas é a diretoria quem tem feito isso com ele", lamentou. A expectativa, tanto dos irmãos Malaquias, quanto do advogado do Rubro-Negro, Marcos Malucelli, é que o caso seja julgado entre abril e maio.

Até lá, os possíveis interessados no futebol do atacante – São Paulo, Santos e Internacional – devem aguardar o desfecho. "Ninguém admite que está conversando com ninguém, então só nos resta esperar", concluiu Malaquias.

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