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A doce rotina de quebras de recordes mundiais e medalhas de ouro continua para Daniel Dias e André Brasil no Mundial Paraolímpico de natação, que está sendo disputado no Parque Aquático Julio Delamare. Nesta quarta-feira, Daniel estabeleceu nova marca para os 50m costas S5, com o tempo de 35s06. André foi baixou seu próprio recorde nos 400m livre S10: 3m54s57. Mas eles aprenderam a querer sempre mais. Culpa de Cesar Cielo e Michael Phelps, ídolos das piscinas e "santos de devoção" dos dois.

André aproveita as temporadas de Cielo no Brasil para poder observar a técnica, ouvir conselhos e até nadar ao lado dele durante os treinamentos no Pinheiros, em São Paulo.

"Cesão tem sempre uma palavra diferente. Eu já o vi treinar chorando porque não tinha conseguido fazer um tempo que queria no treino e só sair da piscina depois que repetiu a série até fazer a marca. Ver um esforço assim faz você crescer. Ele tem uma técnica perfeita e sempre traz coisas diferentes dos Estados Unidos. É meu amigo, me dá toques e acho que a cabeça da natação mudou com as medalhas dele. Sempre que posso faço uns tiros ao seu lado, mas chego um pouco atrás. O cara é muito rápido!", ri André, que não percebe, mas já apresenta um jeito de falar parecido com o do ídolo.

Daniel Dias buscou nas páginas do livro de Michael Phelps o combustível para seguir se dedicando intensamente ao esporte, sem pensar em reclamar. Para ele ficou gravada na memória a passagem em que o maior atleta olímpico da história, que conquistou oito medalhas de ouro nos Jogos de Pequim-2008, só não cai na piscina quando está doente.

"Durante a preparação para as Olimpíadas isso só aconteceu duas vezes. Se alguém tiver metade da força de vontade dele, vai longe. Phelps é o grande atleta e é nele em quem me espelho", disse.

A motivação de André Brasil vem também das competições que ele disputa com atletas sem deficiência. Este ano, ele participou das etapas de Estocolmo e Berlim.

"Tive contato com Phelps e com o Paul Biedermann (nadador alemão que bateu Phelps no Mundial) e isso é muito importante. Não só por poder tietar, mas para poder observar o que eles fazem. Numa das etapas, um nadador da Dinamarca perdeu para mim e falou: "Você é um atleta paraolímpico e eu perdi para você. E isso foi legal para mostrar que podemos competir de igual para igual. O que eu gosto é de ser chamado de atleta", afirmou.

Outras medalhas brasileiras

Além de Daniel Dias e André Brasil, a seleção também esteve no alto do pódio com Letícia Ferreira nos 100m medley SM5 e Edenia Garcia nos 50m costas S4. O Brasil conquistou ainda uma prata com Genezi Andrade nos 50m costas S3 e três bronzes na prova dos 50m livre: com Carlos Alonso Farremberg (S13), Adriano Lima (S6) e Wagner Silva (S7).

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