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Königstein – Quatro anos de espera, dez horas de viagem no total, 200 euros de ingresso, uma noite dormindo no chão da estação de trem de Berlim. Tudo para sair de campo frustrado. O motorista brasileiro Luís Américo Schowstad esperava melhor sorte na sua primeira Copa do Mundo. Morador dos arredores Munique, chegou ao Estádio Olímpico da capital alemã esperando um massacre canarinho. Acabou motivo de chacota para alguns croatas.

"Claro que fiquei feliz em ver a seleção, mas foi um grande esforço para uma bolinha muito pequena que eles estão jogando", afirmou o torcedor, num pensamento comum a milhões de outros brasileiros.

Nas ruas de Berlim, croatas andavam com o peito estufado por terem incomodado a sensação da Copa. Os brasileiros limitaram-se a uma comemoração discreta.

"É bom para eles descerem um pouco do salto. Ainda acho que vão ganhar a competição, mas não fácil como se imaginava", disse a professora paulista Aida Aguiar, que seguirá a seleção em quatros jogos na Alemanha, ao lado do marido e três filhos. Entre os duelos, a semifinal. "Espero que não tenham voltado antes para a casa", afirmou Guilherme Aguiar, de 16 anos, menos confiante do que mãe.

Ao principal questionamento dos fãs é sobre a permanência de Ronaldo na equipe. "Se colocar o Juninho Pernambucano o time deslancha. Estamos correndo riscos à toa", comentou o advogado Marcel Alonso.

Os curitibanos tiveram a mesma impressão que os brasileiros que viram de perto a estréia dos pentacampeões. Broncas sobre o desempenho de Ronaldo e elogios à zaga do Brasil fizeram o torcedor pedir mudanças em relação à equipe, desde a troca de jogadores para a próxima partida, contra a Austrália, até uma diferença na postura do time dentro de campo.

"O Parreira demorou muito para trocar o Ronaldo. Ele não está bem psicologicamente", avaliou a professora Lilian Ribas, 42 anos, que prefere a entrada de Robinho no lugar do Fenômeno desde o início do próximo jogo. Aliás, a saída do atacante do Real Madrid da equipe titular foi alvo de algumas enquetes na internet. Em uma delas, mais de 65% dos participantes pediram a saída do jogador. "O Ronaldo não jogou nada. O Brasil deve começar o próximo jogo com o Robinho", opinou o representante de vendas Anderson de Godoi, 24 anos.

O aposentado Pedro de Abreu, 79 anos, foi mais leve nas críticas. "O jogo foi equilibrado e o Brasil mostrou mais técnica. O time ainda é o franco favorito ao título", disse. Apesar de todas as críticas, o palpite dos curitibanos sobre o favoritismo da seleção brasileira continua. "Estréia é normal jogar ruim. Ainda estou confiante no título", afirmou o militar Maykon Gonçalves, 23 anos.

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