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Fábio Júnior, do América-MG, trava o atleticano Wendel: time mineiro apostou na marcação forte | Valterci Santos/ Gazeta do Povo
Fábio Júnior, do América-MG, trava o atleticano Wendel: time mineiro apostou na marcação forte| Foto: Valterci Santos/ Gazeta do Povo

Opinião

O peso da camisa 9

Gustavo Ribeiro, repórter, especial para a Gazeta do Povo

Quando o técnico Renato Gaúcho desembarcou em Curitiba para treinar o Atlético, o discurso dele era de que os jogadores precisavam retomar a confiança para encontrar as vitórias. Não demorou muito e a palavra mágica de Renato tomou conta do elenco e despontou em campo.

Essa confiança, porém, definitivamente não pousou no ataque do Furacão. Por ali, confiança é o que mais está em falta. Muito disso por responsabilidade do próprio treinador, que não poupa críticas aos atacantes – especialmente Santiago García – e aumenta a pressão a cada vez que clama à diretoria por um "matador". Sem contar as duas vezes em que improvisou Fransérgio de centroavante.

O fato é que, seja o uruguaio, seja o jovem Edigar Junio ou seja o volante cabeceador, quem entra com a responsabilidade de fazer gols já entra com as chuteiras mais pesadas.

A quarta opção é o ainda mais jovem Pablo, de apenas 19 anos. Renato já avisou que cedo ou tarde ele vai jogar. Resta saber se é bom negócio. Não pelo futebol do garoto, mas pela forma que, certamente, receberá críticas do próprio comandante.

Sem Pablo, Renato improvisa

O jovem Pablo, de 19 anos, até foi para a concentração mas, cortado de última hora, viu de longe o Atlético apenas empatar com o lanterna, América-MG. Assim, na hora em que o técnico Renato Gaúcho teve de substituir Madson, foi obrigado a improvisar novamente o volante Fransérgio no ataque. "Mal conheço o garoto, então fica difícil botá-lo em uma condição dessas. De repente ele vai mal, não é bom; se vai bem, vira rei da noite para o dia. Talvez tenha uma oportunidade contra o Flamengo", justificou Renato.

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Sem desfalque

O técnico Renato Gaúcho deve ter todos os jogadores à disposição para o clássico contra o Coritiba no próximo sábado. Nenhum dos atletas que estavam pendurados recebeu o terceiro cartão amarelo e ninguém foi expulso diante do América-MG. O volante Deivid, que cumpriu suspensão na partida de ontem, retorna. Além dele, o zagueiro Fabrício, que ficou de fora por veto do departamento médico, volta a treinar normalmente hoje e é presença garantida no Couto Pereira.

Depois de conseguir resultados positivos frente a times que estão entre os primeiros colocados no Brasileirão, o Atlético acabou tropeçando justamente no lanterna, América-MG. Apesar de abrir dois gols de vantagem, não segurou o placar e cedeu o empate. A igualdade em 2 a 2, ontem, na Arena da Baixada, mandou o Furacão novamente para a zona do rebaixamento.

Veja a ficha técnica de Atlético 2x2 América-MG

O resultado interrompe a arrancada do Atlético, que havia deixado a região do descenso na rodada anterior. O time estacionou na 17.ª colocação com 17 pontos, um a menos que Grêmio e Santos (tem dois jogos a menos), os primeiros fora da degola.

O empate, que veio com sabor de derrota, ainda mais por se tratar do lanterna, devolve a pressão aos jogadores do Rubro-Negro, que deixaram o campo debaixo de vaias das arquibancadas. Fato que vai acompanhar o time durante toda a semana antes do encontro com o Coritiba, na última rodada do primeiro turno do Nacional, no próximo sábado.

Antes disso, o Atlético tem o Flamengo, no jogo de volta da Copa Sul-Americana, na quarta-feira, às 21h50 – a equipe carioca venceu por 1 a 0 no Rio.

O sentimento de derrota não passou despercebido pelos atletas, inclusive Marcinho, que abriu o placar ontem. "Tivemos a oportunidade para vencer, mas deixamos empatar. Agora é levantar a cabeça porque sabemos que estamos no caminho certo", disse.

Com a equipe novamente entre as quatro últimas, o técnico Renato Gaúcho jogou a responsabilidade pela incômoda situação no trabalho do ex-treinador do clube, Adilson Batista. "Estamos pagando pelo passado. É inadmissível disputar 24 pontos e ganhar apenas um", disparou.

"O Atlético vai ficar nadando contra a maré por um bom tempo, pagando pelo passado e não pelo presente. Não é por causa de um empate e a zona de rebaixamento que as coisas estão erradas", apontou Renato, que cansou de repetir durante a coletiva de imprensa após a partida de que o Furacão segue "pagando pelo passado."

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