De volta ao meio, Chico desencanta

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O artilheiro é considerado o homem diferenciado, que define placares e garante os pontos à equipe, mas, nem sempre a regra funciona. Pois, se Bruno Mineiro fez o gol da vitória do Atlético por 1 a 0 sobre o Paraná, no clássico de ontem, na Vila Capa­­nema, deve muito ao volante Chico.Oportunista, aproveitando as re­­clamações dos paranistas sobre ele ter atrapalhado uma co­­brança de falta, deixou Bruno Mineiro na cara do gol. E, com o cruzamento, ajudou o companheiro a chegar à vice-artilharia do Para­­naense, com quatro gols, um a me­­nos que Ra­­finha, do Cori­­tiba, e também o maior goleador rubro-negro, ao lado de Alan Bahia.Foi a partida do "renascimento" para Chico. Depois de perder a condição de titular, ainda improvisado na zaga, na quarta rodada, no empate com o Cascavel, o volante voltou ao time em sua função original. Com dificuldades para atuar como za­­gueiro, Chico chegou a pe­­dir para Lo­­pes para ser usado como volante. Mostrou que tinha razão. Foi o nome do clássico.

Além de participar do gol, Chico também foi bem na marcação. Con­­seguiu anular Élvis e acabou com o jogador que "serviria" Marcelo Tos­­ca­­no, artilheiro paranista. O trabalho foi tão bem executado que Élvis saiu vaiado e sob pedidos de "vai embora" da torcida.

Em alta, o volante espera ganhar nova chance. A saída de Alex Sandro do Atlético é uma brecha para que possa voltar ao meio. "É o que eu espero (titularidade), trabalhei para isso. Quando Lopes optou por me tirar contra o Cascavel, pedi para me deixar treinando no meio. É difícil treinar como zagueiro e jogar como vo­­lante", ressaltou.