Defesa de perder o sono

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Se a dúvida já era "cruel" antes da partida frente ao Náutico, a goleada desastrosa por 5 a 0 deve ter feito o técnico Ney Franco perder o sono em busca de uma solução para a zaga do Atlético. Entre Danilo, Rhodolfo, Antônio Carlos e Rogério Corrêa, qual deles fica de fora da defesa titular? Se o treinador fosse apelar aos números, Rhodolfo seria nome certo na escalação.

Dos quatro zagueiros brigando por três vagas no time (no esquema 3-5-2), Rhodolfo tem a média mais baixa de gols sofridos vestindo a camisa rubro-negra. Com o atleta de 21 anos (o mais jovem entre os quatro), foram 11 jogos e 15 gols tomados - o que resulta em 1,36 bolas na rede atleticana por partida.

Os demais companheiros de zaga apresentam números superiores. Por ordem crescente de gols sofridos, a defesa tem: com Danilo, 1,6; com Antônio Carlos, 2; e com Rogério Corrêa, 2,3 tentos de média. Curiosamente, quando teve à disposição os quatro para compor a formação visando ao confronto com o Timbu, Ney Franco preteriu Rhodolfo, que acabou assistindo ao vexame do banco de reservas.

Conseqüência ou não de sua ausência entre os titulares, o que se viu foi uma atuação abaixo da crítica, no pior desempenho defensivo em 28 jogos. Até então, o Atlético tinha sofrido no máximo três gols em uma mesma partida, contra Figueirense, Goiás e Santos. O Furacão tem a sexta defesa mais vazada do Campeonato Brasileiro: levou 44 gols, média de 1,57 por partida.

Para amanhã, no confronto com o Botafogo na Arena, às 21h45, a tendência é que Ney Franco reveja a posição e confirme o retorno de Rhodolfo após os treinamentos de hoje no CT do Caju. Desta vez, Rogério Corrêa acabaria sacado, mesmo com o melhor aproveitamento de pontos entre os quatro: 66,6%, porém, tendo jogado apenas três vezes.

Neste quesito, Antônio Carlos se destaca, pois jogou sete vezes e conquistou 57,1% dos pontos disputados. Já Rhodolfo atuou em quatro oportunidades a mais e aproveitou 45,5%. Desvantagem para o capitão Danilo, que só não entrou em campo em três compromissos e tem o número mais baixo: 41,3%.