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Mordaça

El Morro é proibido de falar

O atacante uruguaio Santiago "El Morro" García foi blindado pelo Atlético. Após voltar a treinar com o grupo nesta semana, o jogador, pelo menos por enquanto, está proibido de dar entrevistas. Segundo a assessoria de imprensa do clube, "não é o momento" de o atleta falar, pois não deve ser titular no domingo contra o Figueirense.

Porém, em entrevista à Rádio Transamérica, o técnico Antônio Lopes deu a entender que deve colocar o uruguaio pelo menos no banco de reservas. "O Morro está em uma situação mais adiantada do que o Nieto. Pode ser que dê para ele", deixou no ar. Com a suspensão de Guerrón, a tendência é a dupla de ataque ser formada por Madson e Adaílton.

Enquanto o uruguaio retorna de lesão, quem começou a preocupar o departameto médico foi o meia Marcinho. Com dores na coxa, o meia foi poupado dos treinos de ontem. Caso ele não possa atuar, e diante da impossibilidade de Paulo Baier jogar os 90 minutos, Madson pode ser recuado e Rodriguinho teria mais uma oportunidade no ataque.

Por outro lado, o goleiro Renan Rocha treinou ontem pela primeira vez na semana e está garantido na equipe. O volante Marcelo Oliveira apenas correu em volta do campo e ainda é dúvida. (RM)

Na luta para fugir da Segunda Di­­visão em 2012, o Atlético corre o risco de perder a Arena como aliada. O procurador do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt, denunciou o clube pela invasão de campo do diretor de futebol Alfredo Ibia­­pina no intervalo do jogo contra o Palmeiras, no último dia 7. A pena máxima possível é a perda de dez mandos de campo e uma multa de R$ 110 mil. O julgamento na segunda comissão disciplinar será na próxima terça-feira.

O Furacão foi denunciado nos artigos 213 (deixar de tomar providência capaz de reprimir a invasão de campo) e 258 (punir a entidade de prática desportiva a que estiver vinculado o infrator) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).

De acordo com Schmitt, nestas situações é comum o clube ser multado. "Mas neste caso é diferente. O dirigente foi retirado de campo durante três oportunidades no jogo e isso pode aumentar a pena", avisa. "Acho lamentável um dirigente se portar dessa forma e poder prejudicar o clube", critica o procurador.

Depois de reclamar do árbitro Marcelo de Lima Henrique, Ibia­­pina ainda foi expulso do banco de reservas atleticano, já que não faz parte da comissão técnica. Procurado para comentar o caso, o diretor novamente não atendeu as ligações, o que ocorre desde o episódio em questão.

Além do Atlético, o próprio Ibiapina e o meia Cléber Santana – que foi expulso no jogo, motivando a ira do dirigente – também serão julgados pelo STJD.

No primeiro caso, duas infrações no artigo 258 (invadir local destinado à equipe de arbitragem e assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva) e uma no 243 (ofender alguém em sua honra, por fato relacionado diretamente ao desporto) podem gerar uma suspensão de até 450 dias e multa de no máximo R$ 100 mil. Se for condenado, o diretor não poderá no período assinar nenhum documento como diretor e nem circular por qualquer área do estádio que não seja destinada aos torcedores em dias de jogos.

Também denunciado nos artigos 243 e 258, Cléber Santana pode pegar até 12 jogos de suspensão.

Segundo o advogado do clube, Domingos Moro, o tribunal foi duro com o Furacão. "Eles fizeram uma denúncia com grande amplitude. Foi muito severa", afirma. "A instituição Atlético é sempre o que mais preocupa", completa. Como o julgamento será após o jogo com o Figuei­­rense, que ocorre no domingo, restarão sete jogos do Rubro-Negro em casa neste Brasileiro. Caso o resultado não seja bom na terça-feira, Moro recorrerá ao pleno do STJD.

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