Depois de banido, volante Rafinha pode retomar direito de jogar pelo Toledo

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Quase cinco meses depois de ser eliminado do futebol, o volante Rafinha pode voltar a sorrir na próxima sexta-feira, a partir das 13h, quando o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) vai rever a pena do jogador do Toledo. São boas as chances do atleta de 20 anos poder retomar a carreira são consideradas muito boas, tanto na opinião do presidente do Toledo, Irno Picinini, como da procuradoria do STJD.

Espera-se que o relator Caio César Rocha peça a desclassificação para o artigo 258 (assumir atitude contrária à disciplina ou à moral desportiva) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), no qual a punição varia de uma a dez partidas, enquanto o Toledo pede que a denúncia contra Rafinha seja considerada improcedente, já que o artigo 275 (proceder de forma atentatória à dignidade do desporto, com o fim de alterar resultado de competição) não pode ser dirigida apenas a um jogador.

"Esperávamos que o caso fosse analisado nesta última sessão de 2008, mas agora vamos aguardar até o retorno dos trabalhos do STJD. Achei lamentável que não tenhamos tido o final disso tudo, para que o Rafinha já voltasse na nossa estreia pelo Campeonato Paranaense. Está claro para nós que fizeram uma lambança, o processo acabou arquivado porque não provaram nada. Então, não é justo impedir o jogador de exercer a sua profissão", declarou Picinini, por telefone, à Gazeta do Povo Online.

Relembre o caso

Para quem não se recorda, Rafinha foi quem deu a polêmica declaração em agosto do ano passado, após o empate entre Toledo e Marcílio Dias-SC, partida última rodada da primeira fase do grupo 15 da Série C do Brasileirão. Na ocasião, o jogador teria dito que o empate foi combinado, uma vez que beneficiava ambos os times.

"Olha isso é... acho que é o grupo né? É por nós jogadores. Conversamos ai com os jogadores do Marcílio entre a gente, a gente sabia que a gente ia se classificar... e a gente não fez... eu acho que... como eu disse, né? Não tem o que falar. Fez mas, tem que pensar no nosso futuro. Na seqüência da competição. Pensar na seqüência. Em cada um de...a gente ai, que se a gente perde o jogo a gente ta fora. Daí tem pai de família aqui dentro que tem família pra cuidar. Acho que é isso ai...a gente tem que pensar no nosso futuro", disse o jogador a uma rádio de Toledo.

O caso foi parar no STJD, o jogo foi anulado e repetido (com novo empate, agora por 1 a 1), e Rafinha terminou banido pela conduta, considerada antidesportiva. De lá para cá, o volante seguiu treinando com os seus companheiros no Toledo, e se for liberado para voltar a jogar futebol, deverá estar presente na largada do Campeonato Paranaense, no dia 25 de janeiro, em Engenheiro Beltrão.