Paciência foi a virtude mais exercitada pelo volante Gil, do Coritiba, nos últimos três meses. Antes de estrear com a camisa alviverde, no segundo tempo da vitória sobre o Ceará, na última quinta-feira, o jogador de 23 anos precisou esperar e muito para entrar em campo.
A contratação do atleta aconteceu ainda em janeiro. O Coxa e a empresa L.A. Sports, parceira do clube, compraram parte dos direitos econômicos do atleta, então vinculado ao Guaratinguetá, hoje chamado de Americana, com a intenção de trazê-lo para o Alto da Glória. Mas como estava emprestado à Ponte Preta e tinha contrato de um ano, o Alviverde precisou negociar a saída imediata dele de Campinas. O reempréstimo do meia Renatinho e a ida do zagueiro Cleiton (operou o joelho recentemente) e do lateral Fabinho Souza para a Macaca selaram o acordo.
No início de junho, após o término da decisão do interior do Campeonato Paulista, Gil chegou a Curitiba. Até seu contrato (com duração de três anos) ser regularizado na CBF e o primeiro jogo pelo Coxa, foram mais três longas semanas de angústia.
"É complicado, a gente fica naquela ansiedade e não vê hora de poder estrear. Fui bem acolhido pelo grupo, que é bom de trabalhar. Quando entrei, parecia que já estava no Coritiba há muitos anos", declarou Gil, por telefone, à Gazeta do Povo.
Em pouco mais de 30 minutos contra o time nordestino, Gil mostrou algumas de suas características. Bom passador, colocou Leonardo na cara do gol em um lançamento em profundidade. Veloz e com fôlego de sobra, recebeu elogios do técnico Marcelo Oliveira. Em qual posição ele será aproveitado, porém, segue como mistério.
"Jogo de segundo volante, mas se precisar fazer a [função de] meia, faço porque gosto de chegar à frente. Mas minha prioridade é marcar primeiro, e depois atacar", explicou o jogador, contratado para ser o substituto natural de Rafinha, quase um meia-atacante na versão da atual alviverde.
Revelado pelo Mogi-Mirim, em 2004, Gil nasceu em Nova Cruz, no interior do Rio Grande do Norte. Com 1,68 m e 68 kg, ele garante já estar adaptado ao novo clube e à nova cidade, apesar do frio curitibano.
Desenvoltura que acaba quando é questionado sobre seu nome de batismo: José Gildeixon Clemente de Paiva. "Não sei te falar [a razão do nome], todo mundo me pergunta, nem minha mãe sabe explicar de onde surgiu", brincou o jogador. "A galera zoa, mas é tranquilo. Melhor Gil mesmo, mais fácil", completou ele, depois de se dar conta de que, com a entrevista, não terá mais como evitar as inevitáveis brincadeiras.
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