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Pouco mais de 23 mil torcedores e Rogério Ceni, que ainda se recupera de fratura no tornozelo esquerdo, foram ao Morumbi na noite desta quarta-feira esperando uma vitória tranquila do São Paulo diante dos reservas do América de Cáli, pela Libertadores. Mas o time teve que correr muito e contou com a inspiração e a sorte de Dagoberto, o nome do jogo. Após sair perdendo, o Tricolor fez 2 a 1, com dois do camisa 25.

O dono da casa, que já estava classificado, chegou a 13 pontos, é o primeiro do Grupo 4 e pode terminar a primeira fase como um dos melhores na classificação geral, decidindo as oitavas com o segundo jogo em casa. O América não tinha mais chances de classificação e se despediu da competição com três pontos.

Reservas colombianos surpreendem o Tricolor

Parecia que a missão seria fácil. Afinal, o América não trouxe os principais jogadores para o Brasil. Nem mesmo o técnico Diego Umaña. Mas não foi tão simples como o torcedor do São Paulo esperava. Aos oito minutos, em um rápido contra-ataque, Chara, entre dois tricolores, achou Parra, que tocou por baixo de Bosco e fez 1 a 0.

A torcida não acreditava no que via. E, a partir daí, o São Paulo passou a perder uma chuva de gols. Os atacantes não acertavam a pontaria. Dagoberto tentava muito pela direita, mas ficava um pouco isolado. Aos 18, Washington caiu na entrada da área e pediu pênalti, que não aconteceu. O árbitro não marcou e ainda deu cartão amarelo para o camisa 9.

Jean arriscou de fora da área, mas a bola desviou e saiu muito longe do gol de Mesa. Apesar de parecer satisfeito com o resultado, o América ainda teve uma boa chance aos 29, em mais uma tabela de Chara e Parra. A bola chegou em Restrepo, que chutou por cima do travessão.

Washington teve chances claras de empatar o jogo. Na primeira, ficou na cara do goleiro ao adiantar a bola, entre dois marcadores, mas chutou em cima de Mesa. E ainda tentou em cobrança de falta, que exigiu uma defesa mais difícil do arqueiro colombiano, com as pontas dos dedos. Borges também mandou outro chute por cima do travessão. O primeiro tempo não foi bom para os anfitriões.

Dagoberto aparece e muda o jogo

Dagoberto, que no primeiro tempo não recebeu tantas bolas como gostaria, foi recompensado com um grande esforço de Jean, que disputou uma bola na área e conseguiu cruzar. O atacante, que havia sido o único a ter o nome gritado pelos são-paulinos no intervalo, chutou cruzado e empatou a partida aos 13 minutos, retribuindo o carinho dos torcedores.

O desperdício de chances de gols continuou a imperar no São Paulo. Na pequena área, Washington tentou chegar em um lance, mas mandou para fora. Mas a angústia não durou muito tempo. Aos 22, Dagoberto mostrou que marcar a saída de bola do adversário funciona. E muito. Viáfara recuou para Mesa, e o atacante foi em cima do goleiro, que tentou se livrar da bola e acertou as costas de Dagol. A bola bateu nele e entrou! Nem Dagoberto acreditava no lance. Na comemoração escondeu o rosto e o sorriso.

O América passou a tentar o empate, principalmente utilizando os espaços pela direita, mas não tinha sucesso e nem chegava a assustar Bosco. Enquanto isso, o Tricolor seguia acionando Dagoberto pela direita. O atacante arrancou, aos 36, e tentou colocar para Washington, que estava na área. O passe foi forte demais. Mas, mesmo assim, o camisa 25 foi aplaudido e ovacionado pela torcida.

Muricy Ramalho ainda fez substituições, tirando Borges, que não teve sucesso desta vez, e colocando Hugo. Aislan substituiu Rodrigo. Mas a partida já estava definida. Dagoberto aproveitou os minutos finais para driblar os adversários. O torcedor, que tomou um susto no primeiro tempo, foi para a casa aliviado. Rogério Ceni também deve ter ficado satisfeito com o placar, mas não com o futebol apresentado pelo Tricolor.

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