Depois do corte, Nalbert lamenta: "Agora é seguir em frente"

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Após a lesão sofrida na parte posterior da coxa esquerda durante a partida contra o Canadá, pela Liga Mundial, em Belo Horizonte, o jogador Nalbert foi cortado dos Jogos Pan-americanos Rio 2007. Para ele não foi surpresa, já que tinha a noção exata do problema no momento da fatalidade. Na manhã desta terça-feira, em seu apartamento no Leblon, ele resolveu falar sobre o que ocorreu e revelou detalhes.

Lesão e corte

"Foi uma fatalidade, uma lesão sem explicação. Quando senti a coxa, vi que a vaca tinha ido para o brejo. Inclusive, quando fui examinado pelo doutor, falei que era lesão para quatro ou cinco semanas. E não deu outra! Conheço o meu corpo. Por isso, o corte não foi uma surpresa. Mas soube da dispensa pelo meu assessor. Não tinha conhecimento de prazos e datas. Confesso que não foi a melhor forma de receber a notícia, mas sei que não foi por falta de cuidado. Talvez, tenha acontecido um erro de comunicação. Mas estou bem resolvido quanto a isso. O corte foi certo. Eu faria igualzinho!"

Drama do Pan

"Tinha certeza de que estaria no Pan. O Bernardo não me falou nada, mas me conheço e sei que havia condições. Mas agora é um objetivo morto. Não existe mais! Seria um cenário extremamente especial, seria incrível poder jogar o Pan em casa, para meus amigos e familiares. Preencheria a minha estante, pois é o único título que me falta. Mas quero que eles tragam o ouro no Pan. Se eles vencerem, eu venço também, pois é o meu grupo."

Aceitação e explicação

"Não está sendo fácil! Agora dá para falar, e aproveito para agradecer o carinho, mas é difícil ser notícia de novo por causa de lesão. Sonhava e acordava pensando que não era possível passar por isso. Não sei por qual motivo estou vivendo essa situação, mas tinha que acontecer. Talvez para ser exemplo para alguém ou para a história ser mais bonita, já que tenho um currículo de superações. Mas procuro levar da melhor forma possível. Não quero mais viver nenhum drama, agora é seguir em frente."

Durante o Pan...

"Ainda não sei o que vou fazer. Já me chamaram para ser comentarista, mas não decidi se vou aceitar. Pensei em viajar, ficar longe, mas não sei se é isso que quero. Enfim, ainda não resolvi qual será o meu destino durante o Pan. Vou aguardar uma ligação da comissão técnica da seleção até para ver o que pretende de mim, mas nada é certo."

Tratamento

"Estou fazendo fisioterapia. Eu me sinto bem, como se nada tivesse acontecido. Não sinto dor nenhuma, mas sei que a lesão existe. E que se fizer qualquer tipo de esforço, vai estourar. A preocupação de todos é justamente essa! O que ficou combinado com o Bernardo era que eu só pensaria na minha recuperação, e isso está sendo feito."

Objetivos

"O vôlei de quadra é a minha casa. Minha carreira continua, e sei que posso render muito ainda. Foi reconhecido que eu voltei bem da praia para a quadra, e agora penso em outras competições. Sou movido por objetivos e pela paixão que tenho por esse esporte. Já tenho planos!"

Agradecimento

"Tenho que agradecer ao apoio que recebo das pessoas. Recebi vários telefones, e-mails, mensagens de carinho. Além disso, estou feliz com o reconhecimento. Vi isso pela imprensa e pelos companheiros da seleção. Sei da confiança que eles depositam em mim, apesar de saber que ninguém é insubstituível. Mas tenho muito a agradecer."