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O lateral-esquerdo Henrique coloca a mão na cabeça lamentando o péssimo resultado do Paraná na Vila Capanema | Pedro Serápio/ Gazeta do Povo
O lateral-esquerdo Henrique coloca a mão na cabeça lamentando o péssimo resultado do Paraná na Vila Capanema| Foto: Pedro Serápio/ Gazeta do Povo

Paraná 0x1 Bahia

Curitiba

Estádio: Durival Britto e Silva. Árbitro: José Henrique de Carvalho (SP). Gol: Jael (B), aos 7/1º. Amarelos: Luizão e Ávine (B).

Paraná: Juninho; Alessandro Lopes, Irineu e Luís Henrique; Murilo (Igor), Chicão, Wanderson (Ceará), Luiz Camargo e Henrique; Wiliam (Somália) e Kelvin.Técnico: Roberto Cavalo.

Bahia: Fernando; Arílton, Luizão, Nem e Ávine; Fábio Bahia, Marconi, Helder e Morais; Adriano (Ananias) e Jael.Técnico: Márcio Araújo.

O jogo

Depois de quatro partidas jogando na defesa e aproveitando o contra-ataque, o Paraná resolveu atacar o Bahia e pagou pela ousadia. Levou um gol aos 7 minutos e durante todo o primeiro tempo levou contragolpes rápidos da equipe baiana. No segundo, o Tricolor melhorou a marcação, pressionou o tempo todo, mas não conseguiu empatar.

A derrota por 1 a 0 para o Bahia, na Vila Capanema, acendeu novamente o risco de rebaixamento à Série C e expôs de volta os problemas administrativos do Paraná. Após a partida, o goleiro Juninho e o assessor de futebol Paulo César Silva criticaram a postura do presidente Aquilino Romani e de outros diretores do clube, que não estariam acompanhando o dia a dia do departamento de futebol.

A primeira declaração de peso foi do goleiro Juninho, ainda no campo, ao comentar a crise que vem se desenrolando desde o ano passado e que teve o ápice na última quinta-feira, quando o segurança e dois massagistas foram demitidos após uma reunião em que cobraram o pagamento de salários atrasados a membros da diretoria. No próximo dia 5, o salário dos funcionários chega a dois meses de atraso.

"É fácil achar culpados. Mas a diretoria está em falta. Eu reconheço o Guto [de Melo, diretor de futebo] e o Paulo [Cesar Silva, assessor de futebol], mas o presidente e outros nem vieram [à partida]", criticou Juninho.

Na entrevista coletiva do técnico Roberto Cavalo, Melo e Silva demonstraram apoio ao treinador. Mas o assessor de futebol também re­­clamou da falta de ajuda de outros membros da diretoria tricolor. "Esse grupo só não está lu­­tando pelo G4 porque não teve apoio da direção. É um grupo de brio. E não posso falar o mesmo dos meus companheiros [de diretoria]", enfatizou Silva.

O assessor de futebol também mandou um recado aos dirigentes que, nas palavras dele, não estariam ajudando o clube.

"Quem quiser ajudar será bem-vindo. Se não, podem ficar nos cri­­ticando, rindo das cadeiras. Por­­que só eu e o Guto damos a cara pa­­ra bater."

Veneno

Na primeira partida em que o técnico Roberto Cavalo resolveu abrir o esquema tático para atacar o adversário, o Paraná provou do próprio veneno. O contra-ataque, tão bem aproveitado pelo Tricolor nas últimas partidas, foi executado dessa vez pela equipe baiana, que no primeiro tempo chegou ao gol paranista com velocidade.

O gol baiano surgiu aos 7 minutos do primeiro tempo. Na cobrança de falta da esquerda, Joel cabeceou. No segundo tempo, o Paraná pressionou, mas não conseguiu empatar.

Com o péssimo resultado den­­tro de seu território, o Pa­­raná mantém-se na décima colocação, com 43 pontos. Pelo cálculo de Cavalo, se tivesse vencido ontem, a equipe chegaria aos 46 pontos e teria afastado de vez o risco de rebaixamento.

Agora o Tricolor terá que tentar a vitória na próxima terça-fei­ra, contra o América-MG, tam­bém na Vila, para garantir de vez a permanência na Série B.

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