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Nem o próprio Coritiba se reconheceu ontem em Recife. O time não foi sequer um esboço daquele capaz de conquistar a liderança da Segundona. A defesa falhou, o meio-campo não funcionou e o ataque – o segundo melhor da Série B – passou os 94 minutos de jogo sem criar chance alguma de gol. Numa apresentação tão desfigurada, o resultado não poderia ser outro do que novo tropeço: 2 a 0 para o Sport, na Ilha do Retiro.

O revés reforça o alerta no Alviverde. Já são quatro rodadas sem vitórias (três derrotas e um empate) e um afastamento crescente e preocupante da ponta da tabela. O clube terminou a 24.ª rodada no 3.º lugar. Na próxima terça-feira o time recebe o São Raimundo no Couto Pereira num duplo desafio. Reverter a derrocada no returno e começar a reconstruir a mística do Alto da Glória, abalada após a queda diante do Brasiliense. A primeira após 24 jogos.

A melhor análise do primeiro tempo foi feita por Cristian. "Se o Coritiba jogou 10 minutos foi muito", apontou o meia. No restante da etapa inicial, uma equipe displicente, com ritmo lento e pouco inspirada assistiu ao Sport atuar.

Os donos da casa nem mostraram tanta superioridade assim, mas foram inteligentes para superar um adversário inofensivo.

Sem velocidade no meio-campo e sem criatividade no ataque, restava à defesa salvar o Coritiba. E o melhor setor da equipe conseguiu resistir à vasta seleção de arremates do Sport. Chutes de longe, à queima-roupa, cruzados e cabeçadas com todas as intensidades.

Após cada susto, o Coxa retomava a bola e tentava sair ao ataque. Quando chegava na área adversária, não mostrava nem sombra da pressão adversária. Tanto que o goleiro Magrão não teve trabalho algum.

Muito diferente do seu companheiro de posição. Artur fez pelo menos cinco defesas – fora as bolas rebatidas pela boa dupla Henrique e Batatais.

Com tanta insistência, a resistência alviverde acabou ruindo aos 41’. Após nova defesa do camisa 1 a bola sobrou para Jadílson mandar para as redes.

O gol parecia o sinal derradeiro para uma mudança na equipe. Mas ela não aconteceu. O técnico Bonamigo preferiu manter o mesmo time no segundo tempo.

Houve mais ânimo. Continuou faltando qualidade. A possibilidade de reação minguou de vez com o segundo gol pernambucano. Numa falha defensiva, novamente Jadílson aproveitou o cruzamento de Fumagali e marcou de cabeça. O gol representou a redenção para o atleta (que passou os últimos seis meses se recuperando de uma contusão) e novo alarme para o Coritiba.

Em Recife

Sport 2 x 0 Coritiba

Sport

Magrão; Tiago, Kléber, Durval e Bruno; Hamilton, Everton, Fumagalli e Welington (Marco); Marco Antônio (Ânderson Aquino) e Jadílson (Ticão).Técnico: Givanildo Oliveira.

Coritiba

Artur; Luís Paulo, Henrique, Marcelo Batatais e Ricardinho; Márcio Egídio, Paulo Miranda, Jackson (Guilherme) e Cristian; Rodrigo Batata (Hugo) e William (Edu Sales).Técnico: Paulo Bonamigo.

Estádio: Ilha do Retiro. Árbitro: Willian Marcelo Souza Nery (RJ). Gols: Jadilson (S), 41’ do 1.º tempo e aos 19’ do 2.º tempo. Amarelos: Kléber, Everton e Ticão (S); Márcio Egídio e Luís Paulo (C). Público: 18.059 pessoas. Renda: R$ 124.495.

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