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Até agora, apenas Solange "Iarnuou" conseguiu vencê-lo. A frentista – destaque no Big Brother Brasil 4 pela versão "embromation" da música "We are the World" (sucesso dos anos 80) – conseguiu pregar Zulu no chão, esmagado por 80% da preferência popular para que ele deixasse a casa do reality show, em março de 2004.

Mas embora tenham se confundido no programa da Rede Globo, não é justo manter a mistura das duas personas de Marcelo Santos Martins Gomes, apelidado Zulu na infância, num caderno de Esportes. Aqui, nos interessa o atleta de luta olímpica. E em seu habitat, o niteróiense de 25 anos, que a partir desse ano compete pelo Paraná, é simplesmente invencível.

Oito vezes campeão brasileiro pelo Rio de Janeiro (nunca foi derrotado em solo nacional), Zulu acertou a mudança de federação pouco depois do carnaval e já levantou acampamento em Curitiba. Além da boa proposta de preparação ofertada pela Federação Paranaense de Lutas Amadoras (Fepala), outro motivo o fez mudar de ares.

Morando em Curitiba Zulu poderá não apenas intensificar a preparação para o Pan-americano de luta olímpica, em junho, no Rio de Janeiro, como também iniciar o desafio de entrar para o vale-tudo, graças ao convite e patrocínio da academia curitibana Chute Boxe.

Tudo isso decorrente de uma visita no final de 2005, como convidado para uma palestra na Universidade Tuiuti sobre o impacto da mídia na vida das pessoas.

Na oportunidade, retomou o contato com o "amigo e brother" Edilson Buba (também ex-BBB, que agora gerencia a carreira de Zulu), visitou a academia de Maurício Shogun e Wanderley Silva e abriu a negociação para defender o Paraná na luta olímpica. "As coisas foram surgindo e acabou num casamento perfeito", revela Zulu.

E mesmo no começo da aventura, o ex-BBB já sente ter valido a pena. A lamentar, apenas duas coisas. Primeiro, a multa por ter se desfiliado da Federação de Lutas Olímpicas do Estado do Rio de Janeiro (Floerj). Depois, a brincadeira dos colegas que o taxaram de creonte, gíria entre os lutadores para designar traidor. "No geral já está sendo ótimo. Os planos para mim são muito bons. Estou animado, pois tenho certeza de que será um passo importante na minha carreira", confia.

Planos que envolvem, primeiramente, a contratação de um treinador estrangeiro pela Fepala, que poderá ser o cubano Alejo Morales, técnico da seleção juvenil de Cuba por 17 anos e referência no esporte. E, num segundo momento, a possibilidade de uma viagem para treinar no exterior, que poderá ser para Cuba ou Europa.

No sábado passado, Zulu já mostrou a que veio. Conquistou o título brasileiro pelo Paraná no evento em São José dos Campos (SP). Uma amostra que, com o potencial inegável e os investimentos em sua preparação pelo estado, o sonho olímpico pode ser concretizado.

"Não tive chance de ir para Atenas por causa do Big Brother. Quero agora me concentrar para tentar um bom resultado no Pan do Rio de Janeiro no ano que vem e, assim, ganhar força para quem sabe desembarcar em Pequim em 2008."

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