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O Avaí pode estar abrindo mão da sua principal revelação na próxima temporada. O goleiro Renan, primeiro catarinense a ser convocado para a Seleção Brasileira atuando por uma equipe do estado, tem grandes chances de deixar o clube em 2011. Tudo por causa de um desentendimento entre os dirigentes do Leão e o empresário do jogador, Carlos Corsini.

Na última quarta-feira, Corsini falou ao site Infoesporte sobre o descaso com que o goleiro vem sendo tratado no clube. Segundo o empresário, além de não cumprir com promessas feitas após a convocação de Renan para a Seleção - aumento salarial de R$ 3,7 mil para cerca de R$ 30 mil -, o Avaí teria ignorado qualquer tentativa de contato.

A explicação de Corsini é simples: o presidente João Nilson Zunino não gostou nem um pouco da negativa de Renan em assinar uma procuração que daria plenos poderes ao clube para negociar com um empresário francês até abril de 2012. Corsini diz ter a cópia do documento que foi entregue ao goleiro e, como é o representante legal de Renan, pediu a ele que ignorasse o pedido. A decisão repercutiu mal.

"Apesar de jovem, o Renan sabe o que quer, tem personalidade. Já procurei o presidente Zunino várias vezes para esclarecer o assunto, mas, em nenhuma delas, obtive êxito. Ele deve saber o que está fazendo", afirmou Corsini.

Conforme ele, o goleiro tem mercado e propostas para ser negociado. Uma delas é a de um empresário que deseja comprar 70% do passe do jogador pelo valor de R$ 1 milhão. Outra proposta é de transferência para um clube do exterior, que Corsini prefere manter sigilo por enquanto. Caso o Avaí não aceite nenhuma delas, restará a Renan cumprir o contrato em vigor com o clube, que vai até 31 de dezembro de 2012.

"Se tiver que ficar na reserva, o Renan vai ficar. Não tem problema. Só acho que é o Avaí quem vai sair perdendo", completou.

Procurado para falar sobre o assunto, Zunino, inicialmente, não quis polemizar. Mas, depois, "soltou o verbo" contra o empresário de Renan e pediu as gravações do Infoesporte para, quem sabe, processar Corsini. "Esse é o tipo de empresário que eu quero distância. Com certeza, na minha sala, ele não entra", ressaltou.

Questionado sobre o destino de Renan, o dirigente não descartou a saída, seja ela por empréstimo ou em definitivo:

"O Renan é um grande jogador, nós o revelamos e, tanto quanto possível, vamos arranjar um clube para que ele continue (jogando) e seja projetado cada vez mais. Gosto muito dele, é um atleta extraordinário, não foi convocado para a Seleção por acaso, mas é uma pena que tenha escolhido pessoas erradas para comandar a carreira".

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