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Cartão vermelho recebido por Marcinho minou qualquer chance de reação do Furacão | Albari Rosa / Gazeta do Povo
Cartão vermelho recebido por Marcinho minou qualquer chance de reação do Furacão| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

Confira como foi mais uma rodada desastrosa para o futebol paranaense no Brasileirão

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  • Diego Tardelli jogou muito bem e a marcação rubro-negra não conseguiu pará-lo
  • Éder Luis também deixou o seu em tarde de desastre para o Furacão
  • Chateado, o torcedor não perdeu a oportunidade de alfinetar a atual diretoria e pedir a volta do ex-presidente Petraglia
  • Prevendo o pior, Geninho resolveu manter a integridade e deixou o Atlético após a partida

Totalmente desequilibrado, taticamente e mentalmente, o Atlético Paranaense foi goleado pelo Atlético Mineiro em plena Arena da Baixada por 4 a 0, na tarde deste domingo (7), em jogo válido pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro de 2009. Júnior, Diego Tardelli e Éder Luís, duas vezes, foram responsáveis pelos gols que recolocaram o Furacão de volta na lanterna do campeonato, sob os olhares incrédulos de mais de 16 mil torcedores. O técnico Geninho pediu demissão após o jogo. O Rubro-Negro não vence um jogo há mais de um mês.

O referencial do destempero foi a expulsão infantil de Marcinho, aos 32 do primeiro tempo, ao acertar a coxa de Thiago Feltri numa jogada de bola rasteira, quando o placar era de 1 a 0 para o time mineiro.

Durante o segundo tempo, a torcida rubro-negra protestou contra o mau desempenho do time com gritos de "segunda divisão" e "timinho", além de gritar "olé" para as trocas de passes do time mineiro. Com o resultado, o Furacão retorna à lanterna, com apenas um ponto ganho, sendo superado no saldo pelo Coritiba, o vice-lanterna. O Atlético Mineiro assume a vice-liderança com 11 pontos, atrás apenas do Internacional.

Atlético começa a desmoronar no primeiro tempo

Com apenas um volante de ofício, Valencia, o Atlético Paranaense acabou sendo presa fácil para os meias do Atlético Mineiro, especialmente o pentacampeão Júnior. Sem medo da Arena, o Galo assustou em três lances ainda no primeiro minuto do jogo, sendo que no último deles, Valencia salvou em cima da linha a cabeçada de Diego Tardelli após cobrança de escanteio de Júnior.

O time da casa só chegou com algum perigo aos 13 minutos, quando Marcinho bateu falta na intermediária, Julio dos Santos cabeceou e Antônio Carlos dominou e furou na hora de chutar, ficando fácil para o goleiro Aranha. Em outra falta da intermediária, dois minutos depois, Marcinho lançou na área e Rafael Moura, livre cabeceou para fácil defesa de Aranha.

O Furacão parecia que ia dominar o jogo, pois aos 16 Márcio Azevedo fez uma boa jogada para Marcinho bater mascado. Mas a ilusão foi aos poucos se dissolvendo, com Éder Luís recebendo lançamento livre aos 23 e tocando sobre Vinícius: a bola não entrou por detalhe. No minuto seguinte, Diego Tardelli aproveitou erro do zagueiro Carlão, que entrou visivelmente nervoso em campo em sua estreia como profissional, e bateu raspando a trave. Carlão, que aos 25 chutou nas nuvens uma chance no ataque.

Se a partida tinha algum equilíbrio com chegadas esporádicas do desequilibrado time do Furacão, o Galo, tratou de mostrar a fraqueza do time da casa aos 27 minutos. Thiago Feltri arrancou pela ponta direita e cruzou rasteiro na área. Diego Tardelli tirou a zaga com um toque de calcanhar e Júnior chegou livre para finalizar para as redes.

O 1 a 0 era ruim para o Atlético Paranaense, mas tudo ficou pior com o destempero de Marcinho. O meia, aos 32 minutos, em jogada na lateral com bola rasteira, acertou Thiago Feltri no joelho. O árbitro Rodrigo Martins Cintra expulsou acertadamente o meia rubro-negro.

Foi o suficiente para o Atlético Paranaense entra em parafuso. Aos 33, Júnior manda bola na área e o zagueiro Werley cabeceia para fora, sem marcação. A frágil defesa paranaense deixou Éder Luís sozinho aos 38, mas o atacante não alcançou o cruzamento de Júnior. Os outros gols do Galo seriam questão de tempo.

O que não era sólido se desmancha no ar

Ainda no intervalo, Geninho sacou o atacante Patrick para colocar Wesley, com o intuito de reforçar o meio de campo, desfalcado com a expulsão de Marcinho. Porém, de nada adiantou e o Rubro-Negro desmanchou-se no gramado. Foram chances atrás de chances nos dez primeiros minutos da etapa final, até que o time mineiro conseguiu entrar tocando na defesa paranaense, com Márcio Araújo passando para Diego Tardelli, completamente livre, ampliar o marcador.

Geninho respondeu tirando Raul e colocando Manoel e trocando Julio dos Santos, que saiu vaiado, por Marcelo. Esta substituição refez o que tinha sido desfeito no intervalo. A partir daí, tática não existia mais. Não era raro ver Carlão no ataque, deixando buracos na defesa bem aproveitados pelo Atlético Mineiro. Quando as chances apareciam, os atacantes da casa paravam no próprio nervosismo, como Rafael Moura, que aos 24 minutos isolou uma chance de diminuir o marcador.

Sintomático foi o lance que Carlão e Vinícius propiciaram aos 30 minutos: o zagueiro foi recuar uma bola para o goleiro e bateu forte, impossível para o domínio do goleiro, saindo pela linha de fundo. Foi o estopim para o começo dos protestos da torcida, que começou a gritar "olé" para as fáceis trocas de passe do time mineiro. Aos 32, Marcos Rocha cruzou para Éder Luís, que cabeceou e parou em boa defesa de Vinícius. No rebote, o próprio Éder Luís mandou para dentro o terceiro gol do Galo.

Muitos torcedores foram embora do estádio com a goleada que estava acontecendo e não viram o quarto gol do Atlético Mineiro. Novamente Marcos Rocha cruzou, a zaga não achou a bola. Éder Luís achou, cabeceando para as redes. Foi o segundo gol do atacante na partida, o quarto do Galo. Desmontado, o Furacão poderia ter tomado mais gols, mas o Galo diminuiu o ritmo e o jogo ficou no 4 a 0, com alguns lances evidenciando o nervosismo e as falhas do rubro-negro, que viveu mais um dia sem vitória do time que não vence desde o dia 3 de maio, quando bateu o Cianorte por 2 a 0 e foi campeão paranaense.

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