• Carregando...
Mano Menezes observa o treino da seleção: técnico convive com a sombra de Felipão e Muricy | Mowapress
Mano Menezes observa o treino da seleção: técnico convive com a sombra de Felipão e Muricy| Foto: Mowapress
  • Heróis de 58: atrás, da esq. para a dir. Zito, Ohlsson, Mazzola, Pepe, Berndtsson, Hamrin, Gustavsson e Agren. Na frente, Johansson, Borjesson, Pelé, Simonsson e Parling

Mesmo com alguns jogadores nem sequer sabendo ao certo o tamanho da importância histórica do amistoso de hoje contra a Suécia, às 15 horas (de Brasília), na despedida do Estádio Rasunda, a seleção espera dar em Estocolmo o primeiro passo da recuperação após a derrota para o México na decisão da Olimpíada de Londres.

Diante de Pelé e de outros heróis da primeira conquista mundial do Brasil, em 1958, como Zito, Pepe e Mazzola, a equipe de Mano Menezes tem a oportunidade de apagar a imagem deixada na capital bri­­tânica no mesmo gramado em que o Rei do futebol despontou para o mundo e que, nos próximos meses, será derrubado para a construção de um prédio. A Federação Sueca de Futebol erguerá um novo estádio, em outro local da cidade.

Mano Mene­­zes está garantido pelo presidente da CBF, José Maria Marín, por pelo menos mais quatro amistosos, mas começa a ter o santista Muricy Ramalho e o palmeirense Luiz Felipe Scolari como sombras no cargo. Sua aposta é que uma partida com fundo emocional, como a de Estocolmo, possa motivar os jogadores. Desde que o elenco demonstre maturidade para passar pela pressão. "Você tem de ter capacidade de assimilar as coisas como elas são, ter um bom botão de deletar, porque nessa hora [derrota] se fala muita bobagem", comentou o treinador.

Mano faz quatro mudanças em relação à derrota para os mexicanos. Daniel Alves no lugar de Rafael na lateral direita; David Luiz substitui Juan na zaga; e os meias Paulinho e Ramires nas vagas de Sandro e Rômulo no meio de campo.

"Perdemos uma decisão. Não ganhamos ouro, mas ganhamos a prata, o que quer dizer que chegamos muito perto do objetivo maior. Não acredito que a gente tenha de ter uma transformação geral naquilo que a gente fez até agora. Muito pelo contrário", enfatizou o técnico.

Por causa da pressão pelo revés olímpico, o jogo com a Suécia deixou de ser apenas um amistoso para o zagueiro e capitão Thiago Silva. O jogador, que, assim como aconteceu no Milan, será parceiro da estrela sueca Ibrahimovic no Paris Saint-Germain, diz que de festiva a partida de hoje não terá nada. "É uma partida para ajudar a esquecer o que aconteceu. O ambiente continua o mesmo, mas as pessoas de fora estão tentando mudar. E nada vai mudar este grupo", afirma.

Sobre o fato de jogar diante dos ídolos de 58, na cidade em que o Brasil conquistou seu primeiro título, Thiago Silva diz que irá mandar enquadrar a camisa da partida, uma réplica azul da final de 54 anos atrás. Isso mesmo admitindo não saber ao certo a história do estádio onde jogará hoje. "Sei mui­­to pouco [do Rasunda]. Sei que é um estádio histórico e que depois deste jogo vai ser demolido", limitou-se a comentar.

‘Falta caráter ao time’, diz Mazzola

Redação com Folhapress

José Altafini, o Mazolla, de 74 anos, não poupou críticas à seleção brasileira pela perda do ouro na Olimpíada de Lon­­dres. "Falta uma injeção de caráter ao time", resumiu o ex-atacante, durante uma homenagem na Suécia aos finalistas da Copa de 1958.

O evento contou ainda com as presenças de Pelé, Pepe e Zito, além de oito ex-atletas suecos que também estiveram ontem no Estádio Rasunda, palco daquela decisão, na qual o Brasil derrotou os donos da casa por 5 a 2.

Mazzola, que jogou em 1958 pelo Brasil e em 1962, no Chile, pela Itália, disse que os jogadores "se curvaram" diante dos mexicanos na decisão. "Estavam perdendo desde o primeiro minuto, e pareceu que não tinham vontade de vencer. Faltou gente que corre, que dá o sangue", afirmou.

Apesar das críticas, Maz­­zola não defendeu a saída de Mano Menezes: "Aí já não sei, não o conheço, não poderia dizer. Mas a seleção tem de melhorar muito para o Mundial de 2014", despistou. O hoje comentarista disse ainda que "Ney­­mar não pode jogar os 90 minutos na ponta esquerda". Ele cobra ousadia no astro. "O jogador precisa ter um pouco de desobediência tática, alguma independência, se mexer no campo, o Messi joga em todas as posições", finalizou.

Já Pelé disse que não pôde estar no Estádio Wembley, em Londres, no último sábado, na decisão do futebol porque estava em uma gravação. "Mas foi uma pena, o Brasil estava bem até a final. A seleção é muito jovem, tem tempo para armar a equipe, todos os jogadores são bons".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]