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Marco da queda na multa rescisória do contrato entre Dagoberto e o Atlético, o dia 29 de março tende a transformar-se em uma data de direito, não de fato. Nem o Rubro-Negro, nem representantes do atacante e muito menos o São Paulo, diretamente interessado na redução dos valores na cláusula penal, acreditam no fim da novela com hora marcada.

Na próxima quinta-feira, o vínculo entre atleta e clube entra no último ano de vigência, cujo resultado prático é a redução da multa de R$ 16.380.000 para R$ 5.460.000.

Mesmo com a "superpromoção" nos direitos federativos do jogador, o impasse deve se arrastar.

Primeiro porque o São Paulo diz não querer entrar em confronto com o Atlético e espera uma definição amigável. Difícil já que o departamento jurídico atleticano sequer assume estar negociando com os paulistas. "Eles fizeram uma proposta, nós recusamos e não há negociação", garantiu ontem o advogado do Atlético Marcos Malucelli.

A declaração contraria o posicionamento oficial dos são-paulinos. "O Dagoberto já está virando novela. Proposta no valor dessa nova multa rescisória nós já fizemos. Mas nossa intenção é entrar em um acordo com o Atlético e, por isso, estamos conversando periodicamente com eles", afirmou à imprensa paulista o assessor da presidência do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes.

Além disso, o Rubro-Negro busca na Justiça uma chance de prolongar o vínculo com Dago por mais 98 dias empurrando o valor original da multa até o dia 6 de junho.

O recurso impetrado sequer tem data para ser julgado. "Imagino que só no fim de abril chegue ao Tribunal. Depois disso ainda terá de entrar na pauta", comentou Malucelli.

Com isso, qualquer decisão até lá será provisória. A prorrogação refere-se ao pedido de compensação feito pelo clube pelo tempo de inatividade do jogador, enquanto recuperava-se de uma grave contusão no joelho. O Atlético solicitou 348 dias e ganhou 250.

Por enquanto, Dagoberto só assiste à indefinição. "Estamos acompanhando tudo de fora. Como a imprensa", disse ontem o empresário do atacante, Naor Malaquias. Na defesa do seu cliente, negou temer que o impasse judicial comprometa o interesse de outros clubes – além do São Paulo, ele incluiu Inter e Cruzeiro graças a manifestações antigas.

E mais, cogitou a possibilidade de o próprio Dago arcar com a multa. "O Dagoberto pode fazer isso através de empréstimo, aval bancário e daí ele mesmo escolherá onde vai jogar", comentou Malaquias.

Definido como "carta fora do baralho" pelo técnico Oswaldo Alvarez, Dagoberto treina como reserva do time B.

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