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Na opinião do especialista Marco Aurélio Klein, coordenador-executivo da Comissão Paz no Esporte, o sistema de diálogo aberto implantado pelos clubes paranaenses é uma espécie de crônica da morte-anunciada. Uma hora acabará em violência, chegando às mesmas proporções hoje vistas em equipes como Corinthians e Palmeiras.

"Isso é péssimo (as reuniões) e não raro acaba em situações de violência. Dá a eles (as torcidas organizadas) uma sensação de poder e dimensão política que eles não têm. E como não conseguirão exercer na prática esse poder, descambará para a violência", afirma Klein.

Para o Coritiba, no entanto, clube que tem o relacionamento mais estreito com sua torcida organizada, a profecia estaria longe de se tornar realidade. "A nossa torcida sempre se comportou. Não tenho grade e nunca houve uma invasão de campo. Também tenho 15 mil cadeiras e nunca quebraram uma", afirma Gionédis.

Klein, no entanto, sita o exemplo do Corinthias, que tem por hábito realizar reuniões com seus torcedores e não cansa de ver a situação ficar cada vez mais crítica. "Creio que o ápice foi quando, em 1997, após a derrota para o Santos, na Vila Belmiro, a torcida fez uma emboscada para o ônibus dos atletas na estrada".

Novamente do Coxa, outra contra-justificativa, dessa vez do jogador Cristian. Com boa experiência no assunto em sua passagem pelo Palmeiras, o atleta acha que a violência vem antes e a só conversa tende a acalmar os ânimos.

"É a mesma coisa com todos os times. Quando eu estava no Palmeiras aconteceu algo parecido na época da Libertadores. No começo, a torcida ficava bloqueando a saída dos nossos carros e a gente nem queria conversa com eles, mas um dia resolvemos ter uma conversa e o clima melhorou", conta. Ao tempo fica a missão de julgar com que está com a razão.

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