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Clube esvazia a enfermaria

O departamento médico do Coritiba começou a esvaziar. O meia Caíco, recuperado de um problema muscular na coxa direita, e os atacantes Anderson Gomes (tendinite traumática no joelho direito) e Munõz (ligamento colateral medial do joelho esquerdo), começaram a treinar fisicamente ontem. Já o zagueiro Leandro, em tratamento final da fratura de duas costelas, fica mais uma semana afastados dos gramados. Fechando o plantão médico, Edmílson, que rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, só volta na próxima temporada. "Agora depende da preparação física, mas eu acho difícil que esse pessoal enfrente o Gama (sábado, em Brasília)", afirmou o médico Willian Yousef.

Hoje à tarde, no CT da Graciosa, o Coxa apresenta o lateral-direito Gilberto Flores, campeão estadual pelo ACP. O meia Diogo e o atacante Gustavo, ambos vindos do Internacional, já treinam no clube, mas o anúncio oficial ainda não tem data confirmada. (CEV)

Indicado pelo técnico Guilherme Macuglia, Dinei, 29 anos, despertou a atenção do Coritiba ao fazer seis gols pelo Veranópolis no Campeonato Gaúcho deste ano. Os "olheiros" do Alto da Glória se encantaram pelo atacante de estilo velocista que também sabia fazer gols e avalizaram a contratação. Mal sabiam eles que Dinei já esteve bem mais perto do Alto da Glória.

No ano passado, após ser desclassificado do Campeonato Catarinense com a Chapecoense, o jogador arrumou as malas e retornou a Curitiba. Uma ligação aqui, outra ali, um DVD com os melhores lances enviado a clubes e empresários, e nada de arrumar um novo emprego. Cansado de treinar sozinho – e sem perspectivas na carreira – Dinei voltou às origens, à época em que batia bola só por prazer nos esburacados gramados da várzea. Aceitou o chamado do amigo Ivo Petry, então técnico do Trieste, clube amador de Santa Felicidade, para defender o Tricolor na disputa da Taça Paraná, no segundo semestre.

A passagem relâmpago durou apenas seis jogos. O suficiente, no entanto, para ganhar o respeito e admiração dos italianos. E a proposta para voltar a ser profissional no futebol gaúcho.

"É um grande jogador, sem dúvida. O Coritiba fez bem em contratá-lo", diz Lauro Ferro, vice-presidente do Trieste. "Nós fomos campeões também por causa dele. O Dinei é brioso, um guerreiro. Aproveitou que os jogos seriam transmitidos pela televisão (Paraná Educativa) para se valorizar", reforça Petry, atualmente no comando do Combate Barreirinha.

Na ficha técnica do atacante no site oficial do Coritiba não consta a passagem pela Suburbana. O jogador, porém, desmente a informação de que teriam pedido para ele omitir a passagem pelo Trieste de seu currículo – a notícia deixou alguns moradores de Santa Felicidade indignados com o Alviverde.

"Não tem nada disso. Eu me orgulho de ter disputado o futebol amador. Joguei na várzea, num time pequeno em Colombo, e se precisar, volto para lá sem problemas. Basta ter uma bola que eu estou jogando", afirma, encerrando o assunto.

O Coxa é o décimo time que Dinei defende. Apesar de ainda não ter estreado – ficou no banco na vitória por 3 a 1 sobre o Paulista –, ele aposta numa coincidência para fazer sucesso no Couto Pereira.

"Possuo três acessos no currículo. Subi com o Cianorte (2003), Toledo (2005) e Chapecoense (2006). Vou brigar muito para ganhar a confiança do Macuglia e me tornar titular. Tenho certeza de que posso ajudar o Coritiba a chegar na Primeira Divisão também", comenta, sem falsa modéstia.

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