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A alegria – ou tristeza – de paranistas e atleticanos no clássico de amanhã, às 16 horas, na Vila Capanema, vai depender diretamente de seus maiores ídolos atuais. É nos pés de Dinélson e Alex Mineiro que recai a esperança do torcedor de acordar na segunda-feira feliz da vida, tripudiando sobre a desgraça do rival.

Mais recente ídolo na curta história de vida tricolor, Dinélson reencontrou a paz sob o comando de Zetti após uma peregrinação por Corinthians, Bragantino, São Caetano e Atlético-MG. Voltou a ser a revelação da época de Guarani, que fez a parceira corintiana MSI gastar um bom punhado de dólares para contratá-lo. "Hoje, com as coisas voltando a dar certo, me sinto em casa aqui", contou.

O meia, porém, é dúvida. Uma pancada no tornozelo direito na partida de quarta-feira contra o Iguaçu pode tirar o habilidoso baixinho de seu primeiro clássico pelo Tricolor. "Quero muito jogar. Só não vou no sacrifício, para não me prejudicar e nem ao time. Mas, se estiver em condições, não fico de fora", garantiu.

Cauteloso, o técnico Zetti só vai decidir após o treino de hoje se Dinélson estará em campo contra o Atlético. "Se deixar, todos querem jogar. Ainda mais um clássico. Mas às vezes temos de segurar para evitar um prejuízo futuro", afirmou o treinador, que tem Joélson e Éverton, principais destaques da vitória de quinta-feira sobre o Roma, como opções para substituir o camisa 10.

Zetti descarta uma possível "Dinelsondependência". "Na fase em que ele está, claro que irá fazer falta se não puder estar em campo. Mas o bom é que hoje temos um grupo muito afinado. Prova disso foram as duas vitórias durante a semana jogando com formações totalmente diferentes", explicou.

Do lado rubro-negro a idolatria é antiga. Desde que Alex Mineiro "só não fez chover" na campanha do título brasileiro em 2001, para os atleticanos é quase como Deus no céu e o atacante na terra. E ai de quem fale mal do camisa 9, autor de 51 gols com a camisa rubro-negra – 17 apenas no Nacional de seis anos atrás. A fila de seus defensores quase dá volta na Arena, como para garantir um ingresso na época da conquista da estrela amarela.

"É um centroavante diferenciado, que quase beira a perfeição. É goleador quando joga dentro da área, mas sabe também cair pelos lados, sempre com muita categoria. Ele é o cara mais visado da nossa equipe", exaltou o técnico Vadão.

O treinador também fez pouco caso de um suposto interesse do Flamengo em contratar o artilheiro do Furacão na temporada com sete bolas na rede. Alex iria para a Gávea substituir Obina – afastado por seis meses. "Isso não existe. Ele acertou com o Atlético e ficará com a gente até o fim do ano", afirmou.

O atacante não foi selecionado pela assessoria de imprensa para dar entrevistas ontem. Sem as palavras, resta o desempenho do matador, que em 11 partidas contra o Paraná venceu quatro, empatou seis e perdeu apenas uma vez – justamente o último encontro entre os rivais no Durival Britto e Silva: 4 a 1 para o Tricolor na final do Supercampeonato Paranaense de 2002. Já balançou as redes do rival três vezes.

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