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Um dirigente da Confederação Asiática de Futebol (AFC, na sigla em inglês) pediu para a Fifa mudar a Copa do Mundo de 2022 no Catar para os meses de janeiro ou fevereiro, quando é inverno no país, com a intenção de evitar o calor sufocante do deserto.

Peter Velappan, secretário-geral da entidade, disse nesta quinta-feira (9) que os sistemas de ar-condicionado nos estádios e centros de treinamento "não são uma solução", e advertiu que algumas seleções europeias podem boicotar a Copa do Mundo devido ao calor. As temperaturas no verão do Catar podem chegar aos 40ºC.

"O Catar é um país bonito, mas não há modo do futebol ser jogado em junho e julho lá. Nenhum jogador vai querer jogar nessas condições", disse. "Eu recomendo que a Fifa remarque o torneio para janeiro ou fevereiro. A Fifa é obrigada a fazer todo o possível para fornecer o melhor para as equipes e os torcedores de futebol".

Os comentários de Velappan ecoam a opinião de Franz Beckenbauer, que defendeu mudanças no calendário europeu para que a Copa seja jogada no inverno no Catar, já que esta seria uma solução mais barata do que a adoção de sistemas de ar-condicionado em todos os estádios.

Entretanto, Mohamed Bin Hammam, presidente da AFC, minimizou as altas temperaturas durante todo a candidatura do Catar para Copa do Mundo. E a Fifa está quebrando uma tradição ao realizar a Copa do Mundo no Leste Europeu e no Oriente Médio pela primeira vez, com a Rússia sediando o Mundial de 2018, seguida pelo Catar em 2022.

Velappan disse acreditar que a Rússia "vai entregar uma boa Copa do Mundo" porque tem recursos, mas espera que a situação do calor no Catar seja resolvida. "A decisão da Fifa não pode ser revogada. Portanto, o mundo tem que viver com ela e espero que Catar e Rússia possam fazer Copas do Mundo que todos nós possamos nos orgulhar", acrescentou.

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