Uma investigação revelou nesta quinta-feira que dirigentes da Federação de Atletismo da África do Sul recorreram à mentiras e à ameaças para assegurar que Caster Semenya fosse autorizada a participar do Mundial de Berlim, realizado em 2009, após questionamentos sobre seu gênero.
A informação foi incluída nesta quinta-feira nos documentos mostrados pelo Comitê Olímpico Sul-Africano para justificar um anúncio feito no início desta semana de que investigações haviam determinado que Leonard Chuene, presidente suspenso da Federação de Atletismo da África do Sul, era culpado de apropriação indébita de recursos, sonegação de impostos e outros crimes.
O advogado Norman Arendse conduziu a investigação. Ele avaliou a conduta de Chuene como "inaceitável" e disse que isto violou a dignidade de Semenya, campeão mundial dos 800 metros rasos. A atleta evitou fazer comentários sobre o assunto. "Não me preocupa. Eu sou apenas uma atleta".
Antes da final dos 800 metros, foi revelado que a corredora, então com 18 anos, realizou testes de gênero. Embora os resultados do teste não tenham sido revelados, a sul-africana foi liberada para correr no ano passado pela Federação Internacional das Associações de Atletismo (Iaaf, na sigla em inglês) e tem competido desde então.
-
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
-
Relatório americano divulga censura e escancara caso do Brasil ao mundo
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
Deixe sua opinião