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Bergisch Gladbach – A briga por espaço na seleção brasileira esquentou depois do jogo contra o Japão. A iniciativa de Carlos Alberto Parreira de poupar alguns titulares para a fase eliminatória deixou os suplentes que ganharam uma inesperada oportunidade com água na boca. Quem mostrou serviço quer filar um espaço no time titular; quem recebeu folga obrigatória na quinta-feira não quer saber de prolongar a ausência no time. E a disputa interna começa a se tornar um problema para a comissão técnica.

O capitão Cafu, apesar de assegurado, mostrou desconforto com a situação. Disse que não tinha motivo para não voltar a assumir a posição, mas sempre com tom beirando à irritação. A postura só não foi mais reveladora do que a do atacante Adriano. Substituído com bela apresentação de Robinho, ele fugiu da imprensa. Passou pela zona de entrevistas com fones nos ouvidos, fingindo não ouvir os apelos por uma declaração. A sombra do reserva cresceu.

Do lado contrário, Juninho Pernambucano mostrou-se animado e esperançoso com a chance recebida – no posto de Zé Roberto. E foi o único a admitir que, mesmo com o discurso generalizado de que não existe distinção entre reservas e titulares, a luta por um lugar ao sol pode ter conseqüências negativas.

"Até agora, essa disputa não mexeu com o ambiente. Mas sabemos que pode vir a atrapalhar se o jogador não tiver personalidade, experiência suficiente", disse.

O treinador já garantiu que vai deixar o grupo inquieto. "É hora de segurar (a escalação), ter uma dose de mistério. Talvez a estratégia de esconder quem joga seja mantida até o vestiário. Os jogadores ficarão sabendo no dia anterior à partida", adiantou Parreira, que já utilizou 19 dos 23 convocados – exceção a Júlio César, Mineiro, Luisão e Cris. (RF e SG)

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