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Novak Djokovic jogou uma partida taticamente perfeita contra Carlos Moyá e garantiu, na noite desta quinta-feira, uma vaga nas semifinais do US Open, o último Grand Slam da temporada. Explorando à perfeição o backhand do espanhol e fazendo o rival de 31 anos se mexer muito em quadra, o número 3 do mundo levou a melhor por 3 sets a 0, com parciais de 6/4, 7/6 (9/7) e 6/1, em 2h18m.

É a terceira vez que o sérvio, de 20 anos, chega à semifinal de um Grand Slam, todas em 2007. Djokovic, que começou a temporada no 16º posto do ranking mundial, no entanto, jamais chegou a uma decisão em torneios deste nível. Tanto em Roland Garros quanto em Wimbledon, ele foi derrotado pelo espanhol Rafael Nadal, número 2 do mundo, uma rodada antes da final.

Desta vez, o espanhol David Ferrer (15º) será seu obstáculo na semifinal. O retrospecto é favorável a Ferrer. Em três confrontos, o espanhol venceu dois. O primeiro, em 2004, nas oitavas-de-final do ATP de Bucareste, e o último, em 2007, nas oitavas do Masters de Monte Carlo - ambos no saibro. No Masters de Indian Wells deste ano, única vez que os dois se encontraram em uma quadra dura (piso similar ao do US Open), Djokovic levou a melhor.

Também nesta quinta-feira, a ATP confirmou a presença do sérvio na Masters Cup de Xangai, evento que reúne os oito melhores tenistas da temporada. Por enquanto, apenas o sérvio, Roger Federer e Rafael Nadal têm presença assegurada no torneio.

Jejum continua para Moyá

Carlos Moyá faz uma grande temporada em 2007. O espanhol começou o ano na 43ª posição e já ocupa o 17º posto no ranking mundial. Com o resultado em Flushing Meadows, pode subir ainda mais, já que caiu nas oitavas-de-final em 2006. Mesmo assim, já faz oito anos que o ex-número 1 do mundo não chega a uma semifinal de Grand Slam. A última vez que isso aconteceu foi no próprio US Open, em 1998, mesmo ano em que Moyá sagrou-se campeão em Roland Garros.

Desde então, já se passaram 30 torneios de Grand Slam sem que o espanhol repetisse uma semifinal em um torneio deste nível. Seus melhores resultados nestes nove anos foram três quartas-de-final em Roland Garros (2003, 2004 e 2007) e uma no Australian Open (2001).

A partida

O primeiro set foi equilibrado, cheio de oportunidades de quebra de saque e alterações no placar. Logo no segundo game, Djokovic teve três break points, mas não conseguiu converter. O castigo veio rápido. Moyá aproveitou a primeira chance que teve e quebrou o serviço do sérvio, abrindo 2/1. O espanhol, porém, não conseguiu manter a vantagem por muito tempo. No game seguinte, Djokovic obteve mais dois break points. No segundo deles, igualou a partida.

A parcial seguiu com parelha, com Djokovic desperdiçando outra chance de quebra, desta vez no sexto game. No sétimo, foi a vez de Moyá não converter nas duas oportunidades que teve para vencer o game de serviço do adversário. Apenas no décimo game, com Moyá sacando em 4/5, o número 3 do mundo conseguiu fazer a diferença. Djokovic fez uma boa devolução e, em seguida, Moyá jogou uma direita na rede.

O jogo não mudou muito no segundo set. Os tenistas continuaram em longas trocas de bola do fundo da quadra. Djokovic buscava explorar o backhand de Moyá e tirar vantagem dos slices do espanhol, que tendiam a flutuar. Moyá, por sua vez, abusava das direitas cruzadas, bem anguladas, deslocando o oponente. Como no primeiro set, Djokovic teve várias chances de quebra, mas não aproveitou nenhuma das cinco oportunidades. Desta vez, a parcial foi para o tie-break.

O game de desempate foi nervoso, com erros bobos dos dois tenistas. Djokovic falhou em um smash fácil quando tinha 5/3. Moyá, por sua vez, cometeu um erro não forçado de direita quando tinha 6/5 e um set point. O sérvio acabou levando vantagem porque jogou dois belos pontos - os mais importantes do tie-break. Primeiro, fez uma bela paralela de direita e forçou o espanhol a errar. Em seguida, com o set point, subiu bem à rede e fechou a parcial.

Moyá pareceu ter sentido o golpe. Logo no primeiro game do terceiro set, ele teve seu saque quebrado e permitiu que Djokovic abrisse 2/0. À vontade no jogo, o sérvio jogou mais solto a partir de então e não teve dificuldades para chegar à vitória.

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