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Sob o olhar atônito da torcida tricolor, Marcos Guilherme festeja o primeiro dos dois gols do Atlético na Vila | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Sob o olhar atônito da torcida tricolor, Marcos Guilherme festeja o primeiro dos dois gols do Atlético na Vila| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O improvável deu as caras ontem na Vila Capanema. Tu­­do estava a favor do Paraná. A vantagem de um gol – se perdesse por um placar mínimo ainda decidiria a vaga nos pênaltis –, o bom momento em campo, com nove jogos de invencibilidade, e o fator casa, com torcida única, não foram suficientes para manter a ascensão de um time cuja campanha foi marcada por altos e baixos como uma montanha-russa. Mérito de um Atlético que mostrou a melhor versão de sua equipe sub-23 no ano e derrubou toda a previsibilidade das quartas de final ao bater o rival por 2 a 0 e ficar a dois jogos da final do Paranaense.

O Furacão chegou às quartas de final na marra: foi o oitavo na fase de classificação, com derrota por 4 a 0 para o mesmo rival de ontem na rodada derradeira. Pegaria, então, o primeiro colocado no mata-mata. Por coincidência, o Tricolor. No Ecoestádio, perdeu por 2 a 1. Resultado que reverteu ontem.

E agora, sem data e chance para responder, o Paraná teve de engolir a provocação dos garotos atleticanos. Uma resposta às declarações do atacante Giancarlo depois da goleada da primeira fase – de que fazer gol no time do fim da rua (ambos têm sede na Rua Engenheiros Rebouças) era especial –, usadas como motivação no CT do Caju. "Todo mundo fala o que quer. Nós ficamos quietos e decidimos nas quatro linhas. Hoje [ontem] mostramos que podemos nos superar", desabafou o volante Hernani.

O meia Zezinho foi ainda mais incisivo. "Nós somos o único time grande da cidade. Sempre acreditamos nisso. Eles são o terceiro time da cidade e nós recebemos salários. Por isso estamos motivados", disparou, trazendo à tona até os problemas financeiros vividos pelo rival.

Essa nova ordem foi resultado de uma partida irretocável do time de Petkovic. E especialmente de Marcos Guilherme. O jovem de 18 anos teve uma tarde extremamente feliz. Aos 43/1.º, abriu o placar em passe de Crislan. Após o intervalo, aos 27/2.º, fechou o placar. Nas duas oportunidades, uma combinação de velocidade e técnica que tirou de ação os defensores do Tricolor e rendeu elogios do ‘professor’.

"Ele é um garotinho ainda, mas é um excepcional jogador. Ele é guerreiro e joga em todas as áreas. Ele ataca, defende, faz a transição. Às vezes, falta orientação pela juventude dele, acaba correndo demais. Mas está pegando a manha e foi premiado com os dois gols", disse Petkovic.

Revigorado, o Atlético agora tenta a vaga na decisão. O rival agora será o Londrina, no Ecoestádio, provavalmente na quinta-feira. O Tubarão decide em casa porque teve melhor campanha: 22 pontos a 18. "Eles [jogadores] foram muito criticados e mesmo assim chegaram onde chegaram. A força desse grupo é a união. Quando havia uma falha individual, ninguém culpava ninguém. O mérito é coletivo", comemorou o aliviado Petkovic.

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