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Disputado no gelo, o objetivo do curling é deslizar uma espécie de chaleira até ficar o mais próximo possível do alvo no outro lado da pista. Para dificultar, antes de cada partida a pista é borrifada com um material que deixa o gelo mais áspero, fazendo com que haja necessidade de que, enquanto a pedra está se movimentando, outros jogadores usem vassouras para limpar o caminho. No Brasil, o esporte segue sendo um mistério, já que, por ser um país tropical, ninguém nunca jogou isso por aqui.

Já a bocha é um esporte popular, disputado tanto em areia como em superfícies lisas, como cimento e sintético. O objetivo é, jogando bolas, ficar o mais próximo possível de outra esfera menor, chamada de bolim, que também fica do lado oposto da quadra, mas sem lugar fixo – a cada nova partida o bolim é atirado na quadra pelo último vencedor. O segredo é se adaptar a bola, sempre mais pesada de um lado, por um pedaço de chumbo interno. Só no Paraná há centenas de quadras de bocha espalhadas pela capital e interior.

Equipe

O sistema dos dois esportes é basicamente o mesmo. Por isso – embora as diferenças também sejam claras – Curitiba pode ser a primeira cidade brasileira a ter jogadores de curling. A intenção é formar uma equipe nacional para a disputa da Olimpíada de Inverno de Vancouver (Canadá), em 2010.

A idéia é da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG), que para aproveitar a técnica dos jogadores de bocha, negocia com a prefeitura de Curitiba a construção de um centro de curling, com quatro pistas. A proposta está em análise e deve voltar a ser discutida ainda neste mês, quando o presidente da CBDG, Eric Maleson, vem à capital para conversar com o secretário municipal de Esportes, Raul Plasmann.

"Curitiba tem muitos jogadores de bocha e, a meu ver, junto de São Paulo, é a cidade ideal para se montar um centro de curling. Os dois esportes são similares, principalmente no sentido da técnica do lançamento", afirma Maleson, que também negocia com a capital paulista. Fechando com as duas cidades, Curitiba seria o centro da Região Sul, enquanto São Paulo de todo Sudeste.

A CBDG está com pressa. Já comprou todo o equipamento para a prática de curling – as pedras em forma de chaleira e as vassouras. Também já conseguiu parte do dinheiro para a construção do centro. Dos US$ 500 mil (próximo de R$ 1 milhão) necessários, já tem US$ 150 mil (próximo de R$ 319,5 mil). Os outros US$ 350 mil (R$ 745,5 mil) seriam arrecadados com parcerias com empresas. À prefeitura caberia arranjar o local.

"Queremos começar a construção antes dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Já contratamos até os arquitetos e temos contatos com os técnicos, que devem vir da Suíça e da Escócia, onde o Curling foi criado", diz Maleson.

De acordo com a prefeitura de Curitiba, o projeto está em análise, mas ainda há muitos pontos a serem discutidos.

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