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Thiago Rodrigues e seu "capacete": proteção no gol tricolor | Marcelo Elias / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Thiago Rodrigues e seu "capacete": proteção no gol tricolor| Foto: Marcelo Elias / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Era para ser apenas uma proteção. Mas deve virar uma marca do camisa 1 do Paraná. Os colegas de time começaram as comparações e até a torcida fez referência ao capacete usado pelo goleiro. Personificado como símbolo do esboço de reação tricolor após duas vitórias consecutivas – na Copa do Brasil e no Paranaense – o jogador foi ovacionado com o coro de Thiago Rodrigues Cech no último domingo. Uma alusão ao arqueiro do Chelsea Petr Cech.

O drama "uniu" ambos. "Sem comparação, claro. Mas só nós dois usamos isso", comenta o paranista, sobre a proteção craniana cotada para virar espaço promocional. Ganhar cores ou o nome da organizada Fúria Independente estão entre possíveis inovações no capacete feito sob medida.

Na prescrição médica, a recomendação seria de mais 30 dias. A chance, porém, é de incorporação permanente ao uniforme, como foi com o precursor Cech. O jogador tcheco levou uma joelhada na Premier League de 2006, sofreu afundamento no crânio e foi submetido a uma cirurgia de emergência. Desde então, joga com o auxilio do capacete.

A contusão de Thiago completará dois meses na próxima semana. Após um 2010 à sombra do titular Juninho, o goleiro chegou para a pré-temporada com a promessa do técnico Roberto Cavalo de assumir a meta tricolor. Animado, escreveu como mensagem de abertura no celular: "2011. O Ano da Vitória".

Apenas cinco dias depois, o baque. "Foi um lance bobo. Saí na bola e o jogador bateu com a testa na minha têmpora [parte lateral da cabeça]. Fratura em três pontos. Desmaiei na hora. Não pela batida, mas pela dor. Foi terrível", relembra. Além do receio de ser submetido a uma cirurgia, temeu ficar com sequelas da batida.

Nada disso aconteceu e ele ainda encontrou um propósito para o episódio. "Fiquei cinco dias no hospital que serviram como uma experiência pessoal e até espiritual. Revi minha vida e decidi mudar algumas coisas. Tem gente que brinca dizendo que melhorei depois do susto. Melhorei demais".

Com passagem pelo Santo André e Corinthians, o jogador paulistano chegou em 2005 ao Paraná com 16 anos. Ganhou títulos em todas as categorias de base e foi promovido em 2007 ao time profissional. Acabou sendo emprestado para o Rio Branco e um dos motivos seriam problemas extracampo. "Nunca fui de sair, beber. Mas acho que faltava maturidade", reconhece ele, que resolveu assumir uma personalidade mais séria. "O time precisa disso. Tenho de passar segurança para o grupo", emenda, como se não tivesse apenas 22 anos.Fã do trabalho motivacional, ele credita seu bom momento também à chegada do técnico Ricardo Pinto. "Eu preciso disso e meu elo com ele foi imediato. Estamos em campo com o sangue nos olhos", afirma, ecoando um discurso do comandante. "Estou no clube que amo, não posso querer mais nada", garante, mas logo lembra. "Ah, temos de escapar do rebaixamento, claro."

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