• Carregando...
Depois de Luís Carlos e Jociel Henrique, chegou a vez de Thiago Rodrigues ser titular da meta paranista: “Entramos em campo com sangue nos olhos” | Marcelo Elias/ Gazeta do Povo
Depois de Luís Carlos e Jociel Henrique, chegou a vez de Thiago Rodrigues ser titular da meta paranista: “Entramos em campo com sangue nos olhos”| Foto: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo

Tricolores

Ataque

O nome do atacante Tiago Duarte, do Pelotas, surgiu ontem como possível reforço do Paraná. O Tricolor não confirmou o interesse.

Opções

Recuperado de uma pancada no joelho direito, o meia Douglas Packer deve estar à disposição do técnico Ricardo Pinto para o jogo de domingo, na abertura do returno. Quem também pode voltar ao time contra o Corinthians-PR é o zagueiro Rafael Vaz, após cumprir suspensão.

Era para ser apenas uma proteção. Mas deve virar uma marca do camisa 1 do Paraná. Os colegas de time começaram as comparações e até a torcida fez referência ao ca­­pa­­cete usado pelo goleiro. Perso­nificado como símbolo do esboço de reação tricolor após duas vitórias consecutivas – na Copa do Brasil e no Paranaense –, o jogador foi ovacionado com o coro de "Thiago Rodrigues Cech" no do­­mingo. Uma alusão ao arqueiro do Chelsea, o tcheco Petr Cech.

O drama "uniu" ambos. "Sem comparação, claro. Mas só nós dois usamos isso", comenta o paranista, sobre a proteção craniana cotada até para virar espaço promocional. Ganhar cores ou o nome da organizada Fúria Independente estão entre possíveis inovações no capacete feito sob medida.

Na prescrição médica, a recomendação seria de mais 30 dias. A chance, porém, é de incorporação permanente ao uniforme, como foi com o precursor Cech. O jogador tcheco levou uma joelhada no Campeonato Inglês de 2006, so­­freu afundamento no crânio e foi submetido a uma cirurgia de emergência. Desde então, joga com o auxílio do capacete.

A contusão de Thiago completará dois meses na próxima semana. Após um 2010 à sombra do titular Juninho, o goleiro chegou para a pré-temporada com a promessa do técnico Roberto Cavalo de assumir a meta tricolor. Anima­­do, escreveu como mensagem de abertura no celular: "2011. O Ano da Vitória".

Apenas cinco dias depois, o baque. "Foi um lance bobo. Saí na bola e o jogador bateu com a testa na minha têmpora [parte lateral da cabeça]. Fratura em três pontos. Desmaiei na hora. Não pela batida, mas pela dor. Foi terrível."

Além do receio de ser submetido a uma cirurgia, temeu ficar com sequelas. Nada disso aconteceu e ele ainda encontrou um propósito para o episódio. "Fiquei cinco dias no hospital, que serviram como uma experiência pessoal e até espiritual. Revi minha vida e decidi mudar algumas coisas. Tem gente que brinca dizendo que melhorei depois do susto. Melhorei demais."

Com passagens pela base de Santo An­­dré e Corinthians, o paulistano chegou em 2005 ao Paraná, com 16 anos. Ganhou títulos em todas as categorias de base e foi promovido em 2007 ao time profissional. Acabou sendo em­­prestado ao Rio Branco por motivos extracampo. "Nunca fui de sair, beber. Mas acho que faltava maturidade", reconhece ele, que resolveu assumir uma personalidade mais séria. "O time precisa disso. Tenho de passar segurança", emenda, como se não tivesse apenas 22 anos.

Fã do trabalho motivacional, ele credita seu bom momento também à chegada do técnico Ricardo Pinto. "Eu preciso disso e meu elo com ele foi imediato. Entramos em campo com sangue nos olhos", afirma, ecoando um discurso do co­­mandante. "Estou no clube que amo, não posso querer mais nada", garante, antes de lembrar. "Ah, te­­mos de escapar do rebaixamento, claro."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]