Duelo com o Avaí pode ser a despedida do volante Chico

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O duelo com o Avaí, pela última rodada do Brasileiro, tem clima de despedida para o volante Chico. Depois de 157 partidas vestindo a camisa rubro-negra, o jogador está ciente de que há grande chance de uma negociação com o exterior ser concretizada antes da próxima tem­­­­porada.

No Atlético desde 2006, ele vive a expectativa de uma transferência que só não ocorreu na metade do ano porque o atleta recusou a oferta do espanhol Real Bétis.

Agora, indagado sobre uma possível saída para o futebol do outro lado do Atlântico, o jo­­gador disfarçou, rindo nervosa­men­te: "Para mim ninguém falou nada, não. Não faça pergunta difícil". O atleta não esconde, porém, que o adeus está próximo. "Se for uma proposta boa para o Atlético e para mim, com certeza vamos sentar e pensar com carinho. Estou com 23 anos, sou novo, mas penso em jo­­gar na Europa. Fiz um campeonato bom pelo Atlético, espero voltar aqui", disse o volante.

Segundo o gerente de futebol rubro-negro, Ocimar Bolicenho, a única proposta oficial por en­­quanto é a mesma do Real Bétis. "Nós vamos esperar este último jogo para sentar com o Chico. Va­­mos ter de chegar a uma conclusão", afirmou o dirigente, lembrando que o contrato do volante com o Atlético termina no começo de agosto, o que permite que ele assine um pré-contrato com qualquer equipe a partir de fevereiro e saia ao final do vínculo sem render nada aos cofres do clube. "Ou se renova, ou se negocia. Não tem outra saída", falou Ocimar.

Para o jogador, que este ano realizou o desejo de ter uma sequência como volante – sua posição de origem –, a renovação não está descartada, apesar do claro tom de despedida. "Che­ga o mo­­mento em que se tem muito tempo de casa e é bom trocar um pouco os ares. Mas se não der certo de eu sair, com certeza vou renovar e vestir a camisa do Atlético com mui­­to orgulho e prazer", disse Chico, que tem os direitos econômicos fatiados – 50% do Atlético, 30% do PSTC e 20% de seu futuro sogro.

Caso a provável saída se con­­cre­­tize, o atleta espera pelo menos fi­­car na memória da torcida atleticana. "Não tenho a técnica do Paulo [Baier], a qualidade e a velocidade do Branquinho, mas sempre vesti esta camisa com muita vontade, muita raça. Sempre procurei dar o meu melhor. Gostaria de passar esta imagem ao torcedor", concluiu.

Prêmio

Graças às boas vendas de pacotes de pay-per-view, o Clube dos 13 re­­sol­­veu premiar os melhores do Bra­­sileiro. O campeão receberá R$ 8 milhões; o vice, R$ 4 mi­­lhões; o terceiro, R$ 3 milhões; e o quarto colocado levará R$ 2 mi­­lhões. O Atlético e todos os ou­­tros que se classificarem à Sul-Ame­­ricana receberão R$ 1 milhão cada.