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O fracasso na Alemanha, a retomada no calendário europeu e o apelo por renovação fazem da primeira convocação do técnico Dunga uma rara oportunidade na seleção para quem atua no futebol brasileiro.

Praticamente de mãos atadas, o sucessor de Carlos Alberto Parreira deve fazer do amistoso contra a Noruega – dia 16 de agosto, em Oslo – um verdadeiro teste para os destaques do Campeonato Nacional. A lista com 22 integrantes será conhecida hoje, às 11 horas, no Rio.

A última vez que houve experiência desprezando os "estrangeiros" foi no início de 2002, sob o comando de Luiz Felipe Scolari A equipe nacional serviu de trampolim para Anderson Polga (então no Grêmio), Kleberson (Atlético) e Kaká (São Paulo) entrarem no grupo que chegaria logo em seguida à conquista do penta na Ásia.

Há 16 anos, em situação idêntica à atual, Paulo Roberto Falcão assumiu o comando da seleção e também apostou em atletas da casa – claro sintoma do desastre na Copa de 90 e a rebeldia popular contra os "bem-sucedidos" da Europa.

Exatamente dois meses e meio após a eliminação brasileira contra a Argentina (nas oitavas-de-final do torneio da Fifa), o ex-volante orientou o time contra a Espanha em Gijon. O Brasil perdeu por 3 a 0. Dos 11 titulares, Márcio Santos e Cafu viriam a se tornar tetracampeões em 94.

A fase de depuração promovida pelo hoje comentarista da Rede Globo veio depois a revelar Mauro Silva, Raí e Leonardo, outros três integrantes da conquista nos Estados Unidos. Clubes pequenos, como Bragantino e Novorizontino, começavam a figurar com assiduidade nas constantes relações.

Dunga ainda leva um agravante para iniciar a reformulação do grupo. O duelo com os noruegueses será no dia da finalíssima da Libertadores. Como Inter e São Paulo (líder e vice do Brasileiro) podem participar do confronto decisivo, ambos não cederão jogadores.

O treinador não descartou a possibilidade de levar alguns atletas que fazem pré-temporada nos clubes do Velho Mundo. Mas já assegurou "predominância" para aqueles ligados aos times da Série A local. A relação tem tudo ainda para resgatar recentes revelações das seleções sub-20 que começam a se destacar nas ligas européias – vide os laterais Rafinha (Schalke 04) e Adriano (Sevilla), ambos ex-Coritiba.

Destaques do futebol paranaense, como o lateral-direito Angelo e o atacante Dagoberto, reforçam o coro de especulações. O paranista tem como trunfo a escassez na posição e a atuação de destaque contra o Palmeiras, sábado. Já o atleticano conta com a declarada boa vontade de Branco, coordenador das categorias de base da CBF e amigo particular do ex-capitão.

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