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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Equatoriano garante que não vai jogar na retranca

Rio – O treinador da seleção equatoriana, Luis Fernando Suarez, disse ontem que o seu time será ofensivo na partida contra o Brasil, no Maracanã. "A característica principal do Equador é seu estilo de jogo ofensivo, e não vou mudar só porque vamos enfrentar o Brasil. Não vou jogar com cinco ou seis defensores", declarou.

As equipes se enfrentarão amanhã pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa de 2010. Na primeira rodada, o Equador perdeu para a Venezuela por 1 a 0 em Quito. "Os jogadores [equatorianos] estão cientes de que deverão recuperar fora de casa os pontos perdidos como locais. Se não for contra o Brasil, terá que ser nos próximos jogos fora do país", afirmou Suarez.

Na partida no Maracanã, o meia Antonio Valencia, do Wigan, da Inglaterra, será o principal desfalque do Equador. O atleta sofreu uma lesão no joelho direto e nem viajou ao Rio de Janeiro. O seu provável substituto é Patricio Urrutia.

Rio – O técnico Dunga deu uma verdadeira aula de mau humor e até de grosseria ontem, em entrevista coletiva no Hotel Sheraton São Conrado, zona sul do Rio. Um ano e dois meses depois de assumir o comando da seleção brasileira, o treinador deu sinais de não saber receber críticas. Ninguém pode questionar o futebol de sua equipe, que nada fez no 0 a 0 com a Colômbia, no domingo, jogo de estréia das Eliminatórias. Falar do esquema, dos jogadores convocados e mesmo dos escalados significa receber uma resposta atravessada.

O comandante, talvez ainda sob o impacto da falta de sono – o time chegou ao Rio às 6h20 da manhã, depois de deixar Bogotá logo após o jogo –, discutiu com repórteres e usou de ironia em diversos trechos de um papo que tinha tudo para ser tranqüilo. Vê-lo sorrindo só após a primeira pergunta, ainda fora da coletiva, e que seria para descontrair o clima. "Deu para dormir Dunga?", ouviu. O sorriso sem graça demonstrou que a brincadeira não viera em bom momento.

Dunga não aceita que ninguém coloque em xeque, por exemplo, o futebol de Vágner Love, autor de apenas três gols em 18 jogos. "Estaria preocupado com o fato de ele não vir marcando se tivesse 5, 6 chances por jogo. Mas o time não está criando", disse, tirando o peso das costas do camisa 9. Ronaldo, Romário e Careca foram citados para se fazer um comparação entre ele, Afonso e Júlio Baptista. Mas Dunga fez careta e logo se zangou. "O Júlio não é centroavante.", disse. "Mas ele já foi escalado ali na frente em alguns jogos", retrucou o repórter. "Me dê licença, como te dei ao te ouvir", rebateu o técnico.

Ali começaria um toma-lá-dá-cá que quase acabou com a entrevista quando o repórter Cícero Mello, da ESPN Brasil, resolveu apertar o treinador. "Por favor, gostaria que não fizesse monólogo para perguntar. Isso é para me irritar", reclamou Dunga que seguiu: "Não sou inteligente como você para entender uma pergunta tão longa", provocou. A rixa com o jornalista já é antiga. "Se ele não aceita ser questionado, não está preparado para ser técnico da seleção", disse Mello.

Até uma pergunta normal, de outro repórter, sobre a falta de torcedores na chegada da seleção, tirou Dunga do sério. "O povo brasileiro é trabalhador. Você é inteligente o suficiente para saber que ele acorda às 6 horas para trabalhar, não para ver desembarque da seleção", faltou com o respeito. Detalhe: a segunda-feira era feriado no Rio, por causa do Dia do Professor e do Dia do Comerciário.

Dunga fez bico até ao autor da batida frase de que "time que está ganhando não se mexe". "Não sei quem inventou essa frase, mas time que está ganhando se aprimora. Vamos estudar o elenco e no momento oportuno tomar uma decisão", afirmou, sobre a possibilidade de alterar o time titular para o jogo desta quarta-feira, contra o Equador.

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