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O técnico Dunga afirmou que não é fácil afastar um jogador da seleção brasileira e dar espaço para outros que mostram, em seus clubes, capacidade de defender a equipe. "Eu, que fui atleta e joguei na seleção, posso dizer que é bem mais difícil tirar alguém do que colocar", afirmou o treinador.

Ele citou o exemplo do atacante Luís Fabiano, do Sevilla, para explicar porque não é tão simples dar espaço para outros jogadores, como o palmeirense Keirrison ou até mesmo Ronaldo. "O Luís Fabiano esteve com a gente em quase todas as últimas partidas, atuou bem, fez gols importantes, não posso tirar um jogador assim para colocar alguém que está bem no Brasil, mas está fora da seleção e não tem como tentar encaixar", discursou Dunga, durante o programa Roda Viva, da TV Cultura, desta segunda-feira.

Outro jogador defendido por Dunga foi o volante Gilberto Silva, que atua no Olympiacos, da Grécia. "Todas as vezes em que o Gilberto jogou bem, o Brasil jogou bem", afirmou Dunga sobre o jogador, titular na Copa do Mundo de 2002. Ele admitiu que, por ter atuado na mesma posição, entende por que o volante é tão questionado.

"O problema é que quem está de fora quer sempre ver o time com 10 atacantes. E as pessoas reclamam que o Gilberto não avança, não vai à frente, mas esse tipo de cobrança também existia comigo: queriam que eu desarmasse, tomasse a bola e chutasse a gol", explicou o técnico.

Dunga disse, no entanto, que não gosta de falar em "grupo fechado" e que todos os jogadores têm chance de disputar a Copa do Mundo e mostrar seu trabalho até pouco tempo antes da competição. "Se falar que o grupo está fechado, o jogador que está dentro relaxa e o que está fora desanima", justificou. "Então, até pouco tempo antes, um mês, ainda dá tempo de entrar na seleção".

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