Dunga volta a revelar obsessão pela Espanha

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Mascate, Omã - Começou na Copa das Confe­­derações, em junho passado, e vai até a Copa do Mundo a obsessão de Dunga pela Espanha. Ontem, quando o Brasil desembarcou em Mascate para o amistoso de amanhã contra a modesta equipe de Omã, 79.ª no ranking da Fifa, o treinador voltou a apontar os campeões europeus como os grandes favoritos ao título na África do Sul. Já havia feito o mesmo no torneio entre os campeões continentais, conquistado pelo Brasil.

"Não sou só eu que estou falando. A mídia toda diz que a Espanha é a favorita’’, disse Dunga, que levou só reservas para treino em Mascate. Ao colocar os espanhóis como principais adversários de seu time, Dunga joga os holofotes na disputa dos times de melhor desempenho no ano. Brasil e Espanha travam em 2009 batalha acirrada pela supremacia. No ranking elaborado pela Fifa, o time de Dunga lidera com apenas três pontos de vantagem, a menor diferença da temporada.

Em um hipotético campeonato com os resultados somados de partidas oficiais e amistosos, os espanhóis seriam os líderes com 42 pontos contra 41 dos brasileiros. Os times ainda disputam o título de melhor defesa entre as grandes seleções. Na temporada, a equipe de Dunga tem média de 0,75 gol sofrido. A Espanha é levemente melhor (0,73).

Para vencer Omã, e ter a chance de terminar o ano com números mais brilhantes que os da Espanha (que encerra sua temporada em um amistoso contra a Áustria), Dunga mais uma vez não deve contar com Robinho. Ele praticamente descartou a escalação do jogador do Manchester City.

Muito mais calmo que nos últimos dias, Dunga, depois de atender com paciência dezenas de jornalistas locais, confirmou sua faceta de colocar o resultado em primeiro lugar. Fez isso ao falar se os torcedores de Mascate podiam esperar uma grande exibição depois de amanhã: "Espetáculo é ganhar o jogo’’.

Em compensação, deu uma atenuada na imagem de técnico linha dura que coloca a disciplina em primeiro lugar.

Dunga disse que, para ele, o comportamento dos jogadores fora da campo terá papel secundário na definição do grupo que vai à Copa da África. "O primordial será a técnica’’, falou o técnico, que depois soltou frase de efeito sobre o tema. "Você consegue ensinar o jogador a se comportar, mas não a jogar’’, falou o treinador, que sempre teve entre seus favoritos Robinho e Adriano, atacantes que nos últimos anos tiveram uma série de problemas nos clubes que defenderam.