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Wagner Diniz (esquerda) corre para comemorar o gol logo na estreia pelo Rubro-Negro. Furacão, porém, não seguraria a pressão no segundo tempo | Evelson de Freitas/AE
Wagner Diniz (esquerda) corre para comemorar o gol logo na estreia pelo Rubro-Negro. Furacão, porém, não seguraria a pressão no segundo tempo| Foto: Evelson de Freitas/AE

O jogo

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O Atlético mostrou velhas fragilidades e virtudes no jogo de ontem, contra o Corinthians – derrota de virada por 2 a 1. No primeiro tempo, enquanto estava com o mesmo número de jogadores (Paulo Baier foi expulso aos 41 minutos), a equipe conseguiu ser eficaz defensivamente. Apesar de ter mais posse de bola, o Timão não sabia como levar perigo à meta de Neto. Destaque para o zagueiro Rhodolfo, responsável por tirar dos corintianos pelo menos um grito de gol, ao salvar chute certeiro de Danilo.

Lá na frente, porém, pouca coisa deu resultado. Javier Toledo, Marcelo e Baier (por 41 minutos) apenas constaram na escalação. Sem poder ofensivo, o jeito foi apelar para a bola parada. O estreante Wagner Diniz enganou o goleiro alvinegro Felipe ao cobrar direto uma falta da intermediária (45/1º).

A vantagem, contudo, não foi suficiente. Souza empatou (13/2º) e, mais à frente, quando Neto já havia levado, justamente, o segundo vermelho da tarde, o Timão virou. De pênalti, com Ronaldo. E com a colaboração da arbitragem.

Ocimar Bolicenho não tem dúvida: o Atlético encontrou um adversário bem mais difícil do que o Timão na tarde de ontem, no Pa­­caembu. O algoz atende pelo nome de Marcelo de Lima Henrique, árbitro do Rio de Janeiro. É ao juiz do quadro da Fifa que o superintendente de futebol do Rubro-Negro credita a derrota por 2 a 1, de virada, na abertura do Brasileiro. "Ele ajudou bastante o Corinthians hoje (ontem). É mal-intencionado, agiu de má-fé", bradou o dirigente, sem medir as palavras.O Furacão reclama de três lances. Na visão de Bolicenho, foram eles que fizeram a partida pender para o lado alvinegro. A primeira bronca diz respeito à expulsão do capitão Paulo Baier. O meia já carregava um amarelo por reclamação e, ao tentar levar uma jogada com a mão, recebeu a segunda advertência, a poucos minutos do fim da primeira etapa – baixa que desorganizou a equipe. "Ele está de marcação. A todo momento ficava falando: ‘vou te expulsar, vou te expulsar...’ Já havia me tirado de campo contra o Palmeiras (pela Copa do Brasil) em um lance que não tinha nada a ver. Agora a mesma coisa", discursou o veterano armador, de 35 anos, o mais experiente atleta do elenco atleticano.

A gritaria não parou aí. Para Bolicenho, o árbitro errou ainda ao deixar de expulsar o corintiano Danilo por jogada violenta e ao marcar pênalti de Alan Bahia em Souza – cobrança convertida por Ronaldo, fechando o placar a favor do Timão. "Fica difícil falar, mas hoje (ontem) com certeza fomos prejudicados", disse Alan Bahia, se incorporando ao discurso oficial. "Eu alertei antes [de o jogo começar] que deveríamos tomar cuidado com a arbitragem", emendou o técnico Leandro Niehues.

Erros à parte, o treinador nem esperou sair do Pacaembu para chamar a atenção de Baier. "O Paulo é um exemplo, precisa ter controle, passar isso para a garotada." O Atlético pretende agora levar as queixas à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Imagens dos "lances capitais" serão editados e encaminhados durante a semana para o departamento de arbitragem da entidade. "A CBF terá um material rico para analisar", ressaltou o superintendente.

Paralelamente, Bolicenho seguirá rodando o Brasil em busca de reforços – bons e baratos – para o elenco. "Precisamos de pelo menos quatro jogadores. Estamos trabalhando incansavelmente em cima disso", afirmou, sem prometer prazos. Adeílson, atacante que está de saída do Fluminense, foi descartado ontem pelo dirigente.

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