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Edinanci (d) faz a saudação obrigatória após o árbitro confirmar a vitória da sul-coreana Jeong Gyeong-Mi (COR), na categoria meio-pesado. | Rodolfo Büherer, enviado especial/Gazeta do Povo
Edinanci (d) faz a saudação obrigatória após o árbitro confirmar a vitória da sul-coreana Jeong Gyeong-Mi (COR), na categoria meio-pesado.| Foto: Rodolfo Büherer, enviado especial/Gazeta do Povo

"Quem conhece minha vida sabe que eu merecia aquela medalha, mas uma força que existe sobre nós não pensa assim." Foi desta forma que Edinanci Silva reagiu ao perder a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim, ontem. A judoca meio-pesado (até 78kg), que participou de sua quarta Olimpíada, enfrentou discriminação no começo de carreira. Extremamente forte e com problemas hormonais, precisou passar por cirurgias reparatórias de sexo para ser aprovada no teste de feminilidade antes dos Jogos de Atlanta-1996.

Abalada, terminou na sétima colocação, atuando na categoria peso pesado. Resultado que repetiria em Sydney-2000 e Atenas-2004. "Se for pensar como resultado, fui bem. Mas acho que errei na tática de luta. Acabei neutralizada na decisão", disse a brasileira.

Ela já havia perdido a primeira luta, para a espanhola Esther San Miguel, mas na repescagem conseguiu três vitórias, contra a russa Vera Moskalyuk, a italiana Lucia Morico e a mongol Lkhamdegd Purevjargal, antes de chegar à decisão da repescagem contra a sul-coreana Jeong Gyeongmi.

"Não saio com raiva da minha adversária. Estou triste por não ter feito o que deveria. Estava bem, mas vacilei." Serena, apesar da derrota, Edinanci, que completa 32 anos dia 23, não descartou a possibilidade de disputar a Olimpíada de Londres, em 2012. "Tudo vai depender de como irei me comportar nos treinamentos. Se conseguir manter o nível e não surgir uma nova atleta na minha categoria, eu posso manter a motivação e continuar lutando."

No masculino, Luciano Corrêa, a exemplo de Tiago Camilo e João Derly, não confirmou o favoritismo por ser campeão mundial. O peso pesado perdeu na semifinal da repescagem para o polonês Przemyslaw Matyjaszek. Na estréia, já havia perdido para o holandês Henk Grol, que ficou com uma das medalhas de bronze, e só venceu uma luta, diante do israelense Arik Zeevi.

"No judô atual existe muito equilíbrio. Título não ganha luta", explicou-se o atleta brasiliense. "Agora é hora de assimilar o resultado. Vou me reunir com a comissão técnica e ver qual caminho tomar no futuro."

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