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Há quatro anos Édison Borges vive a mesma rotina. Responsável pela equipe júnior do Coritiba, o técnico tem a missão de descobrir e lapidar os novos talentos do Alviverde. Avesso a badalações, ele não gosta de se vangloriar. E nem precisa. Seu trabalho com os pratas da casa falam por si só. Aos 39 anos, o treinador traz no currículo uma infinidade de revelações, número suficiente para formar um time completo.

Henrique, Fábio Lopes, Pedro Ken, Renan, Anderson Gomes e Keirrison. A nova geração de "meninos do Alto da Glória", responsável pela reabilitação do time no Campeonato Paranaense, são os últimos exemplares da coleção de descobertas de Édison, que conta também com Miranda, Rafinha, Marcel, Adriano, Ricardinho, Márcio Egídio, Peruíbe, Rodrigo Mancha, Vágner... Um verdadeiro caça-talentos.

"Você não sabe o tamanho da minha felicidade quando eu vejo essa molecada jogando, e bem, no time de cima. Sinto um orgulho danado. São jogadores que, bem trabalhados e com os pés-no-chão, terão um futuro brilhante", ressalta o treinador.

A admiração é compartilhada pelos pupilos. Sempre que podem, a cada entrevista, os jogadores fazem questão de mencionar a importância de Borges. Até mesmo o lado perfeccionista do técnico, um apaixonado pelos treinos de fundamentos (cabeçada, passe, finalização, cruzamento), hoje é motivo de agradecimento.

"Aprendi muito com o professor Édison Borges. Ele sempre me pedia para cuidar do passe e aperfeiçoar a marcação. São ensinamentos que eu nunca mais vou esquecer", diz o volante Rodrigo Mancha, presença constante entre os titulares de Márcio Araújo.

"Foi ele que me trouxe para cá, confiou em mim e me colocou para jogar. Por isso eu sempre acreditei nas orientações dele. Não tem um moleque aqui no Coritiba que não goste do professor Édison", complementa o atacante Anderson Gomes, que contra o União Bandeirante, na quinta-feira passada, marcou seu primeiro gol entre os profissionais. E de cabeça, fundamento trabalhado à exaustão na base. Mais um ponto para Édison Borges.

"Mas os méritos são compartilhados. Aqui no Coritiba há uma integração muito grande entre todas as categorias. Me considero um auxiliar-técnico também. E deve se ressaltar também a coragem do Márcio Araújo, que não teve medo de lançá-los. Eles não poderiam encontrar treinador melhor para subir. O Márcio é um cara excepcional, que sabe lidar com o lado psicológico dos garotos como ninguém", elogia Borges.

Ex-jogador do próprio Coritiba, as seguidas revelações garantirão a Édison Borges mais um lugar na quase centenária história coxa-branca. "Mais um motivo para eu agradecer ao Cláudio Marques (auxiliar-técnico), que acreditou em mim."

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