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Buenos Aires – "Não conheço quase nada." A frase foi repetida por quase todos os jornalistas argentinos presentes no treino do Atlético ontem ao serem perguntados sobre o que sabiam do adversário do River Plate.

Prova de que é preciso mais do que o vice-campeonato da Libertadores no ano passado para o "El Paranaense" virar um adversário respeitado como os clubes paulistas que nos últimos anos se habituaram a enfrentar os argentinos.

"Quando nossas equipes são eliminadas, não costumamos acompanhar tão de perto as decisões da Libertadores", contou o repórter Javier Schurman, do diário esportivo Olé.

Um ótimo começo para se tornar familiar aos hermanos seria eliminar o River nas oitavas-de-final da Sul-Americana e possivelmente voltar a Buenos Aires para enfrentar o Boca Juniors nas quartas – o time de La Bombonera disputa a vaga com o Nacional-URU.

Pelo menos de ontem para hoje o Furacão foi assunto na imprensa portenha. Equipes das emissoras de tevê ESPN, Fox Sports e Tyc Sports, além do jornal Olé, estiveram presentes no treino realizado no estádio do Vélez Sarsfield – no hotel a delegação já havia recebido a visita de um repórter do Clarín.

O goleiro colombiano naturalizado argentino Navarro Montoya, que mesmo na reserva seria o principal alvo das entrevistas, sequer viajou com a delegação para Buenos Aires e deixou a imprensa local mais no escuro ainda.

Se os jornalistas especializados – que receberam uma revista e um CD-ROM com informações do clube – admitem não saber muito sobre o Atlético, os demais habitantes da capital argentina é que não seriam profundos conhecedores do time da Baixada.

Um motorista de táxi, por exemplo, depois de perguntar qual era a finalidade da visita da equipe da Gazeta do Povo a Buenos Aires, num primeiro momento disse não conhecer o Rubro-Negro paranaense. Somente depois de ser informado da decisão da Libertadores de 2005, falou: "Agora sim me lembro. É um time brasileiro, que torcemos para ganhar do São Paulo mas acabou perdendo."

No projeto de crescimento rubro-negro, em alguns anos o time não poderá mais se contentar em ter a torcida esporádica de algum argentino quando enfrentar um clube paulista num torneio continental. "Com o tempo, podemos ter a mesma projeção de outros grandes brasileiros por aqui", afirmou o atacante Paulo Rink, sabendo que um dos reflexos disso seria a torcida contrária no país vizinho. Por enquanto, quando reconhecido por algum portenho, o Atlético Paranaense ainda é um time simpático.

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