Duas frases definem bem a atual eleição do Coritiba. Uma, do atual presidente Giovani Gionédis. No Recife, logo após nominar cada componente do grupo que pretende colocar em seu lugar no Conselho Administrativo do clube, alertou, enigmático: "Mas em eleição, sempre tem surpresa..."
A outra afirmação é de Domingos Moro, do grupo de oposição de Evangelino Neves. Moro se anunciou candidato, depois disse que não era mais e, por fim, deixou novamente no ar a possibilidade de concorrer ao cargo mais alto do organograma do Alviverde. Ele disse: "Em uma eleição, até a inscrição das chapas, tudo é possível".
O limite para que isso ocorra é, teoricamente, amanhã, às 18 horas. Enquanto não chega, até boatos de uma reviravolta mirabolante, com Moro encabeçando a chapa da situação, e Vialle, o atual candidato, mantido no comando do futebol, é possível. E o boato existe mesmo, embora todos desmintam.
De certo, contudo, é que não há nada certo ainda.
Em princípio, o G-9 da situação seria formado por Vialle na presidência, Luiz Henrique Barbosa Jorge (o Espeto), para vice, e mais Leopoldo Gonçalves Júnior, Paulo Renato Heyn, Ubirajara Bley, Eli Thomaz de Aquino, Luiz Conceição, Giovani Kassim e Dante Millarch compondo o resto do quadro.
Mas se Almir Zanchi aceitar o convite de Gionédis, por exemplo, não muda apenas um nome, mas três.
"Vou decidir isso até domingo (hoje)", afirma o diretor da Federação Paranaense de Futebol.
Ele também flerta com a oposição, um caso até "mais sério", mas só deve ser adversário da diretoria da qual já fez parte se houver uma unificação. Para isso ocorrer, no entanto, é necessário o acerto formal. Deixar egos de lado e ceder espaços.
O grupo Amigos do Coxa, por exemplo, não abre mão de ter Jair Cirino na presidência. Nele, há nomes fortes como Marcos Hauer, Tico Fontoura, Chico Araújo, Ricardo Gomyde e Homero Halila.
O de Evangelino tem Moro, que embora diga que abre mão, também almeja o cargo. Mas há também Marcelo Kaluf, Paulo Steiner, Edson Mauad e José Manoel Pinheiro Barradas.
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