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A cinco rodadas do fim do Campeonato Brasileiro, seis times ainda brigam pela taça. Tamanho equilíbrio pode ser explicado por vários fatores e um deles, certamente, é a ausência de um esquadrão. Não falta, no entanto, emoção nestes quase seis meses de disputa. Mas, para quem gosta de números, é fato que o campeão desta temporada terá o pior aproveitamento em sete edições do sistema de pontos corridos. Com o máximo de 73 pontos, a equipe vai atingir 64,03%, ficando abaixo do Corinthians de 2005 (64,28%) e do Santos de 2004 (64,49%), os dois "mais fracos".

Desempenhos menos eficientes estão se tornando comuns na competição nacional. Alguns críticos afirmam que os times perderam qualidade. Outros dizem que os clubes aprenderam a disputar os pontos corridos, que premia a equipe mais regular. Nenhum clube superou o Cruzeiro, de Vanderlei Luxemburgo e Alex, que levantou a taça com 100 dos 138 pontos possíveis. Teve 13 de vantagem sobre o Santos, o segundo colocado. O São Paulo, terceiro, ficou ainda mais atrás. Foram 22 pontos atrás do líder, com apenas 52,50% de aproveitamento.

O São Paulo ostenta o ineditismo do tricampeonato. Mas vem caindo sua produção. Em 2006, o time do Morumbi conquistou 68,42% dos pontos. Terminou com nove de vantagem sobre o Internacional (78 a 69). O Grêmio terminou com 67, em terceiro, e o Santos, em quarto, com 64 pontos.

No campeonato de 2007, o São Paulo somou 67,54% dos pontos colocados em jogo. Foram 77, 15 a mais que o Santos, vice-campeão, com modestos 54,38% de aproveitamento. Flamengo e Fluminense, terceiro e quarto colocados, anotaram 53,50%. E mais um detalhe. A competição teve um concorrente que foi facilmente batido pela maioria dos times: o América-RN, que venceu apenas quatro jogos, empatou cinco e perdeu 29 vezes. Marcou 24 gols e a sua defesa sofreu 80. O time de pior desempenho da história dos pontos corridos.

No ano passado, a disputa entre São Paulo e Grêmio foi até a última rodada. A equipe paulista terminou com três pontos à frente dos gaúchos. O equilíbrio se mostra também pela falta de craques, de atletas que fazem a diferença e decidem jogos. O São Paulo, por exemplo, apesar de ter vencido as últimas três edições, fez poucos negócios com a Europa nos últimos anos.

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