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O futuro de Abel Braga está bem longe do futebol brasileiro. Técnico do Al-Jazira, nos Emirados Árabes, o campeão mundial com o Internacional em 2006 sonha voltar para a Europa. E a primeira escala é Abu Dhabi: seu clube é dos mesmos donos do Manchester City e, segundo o treinador, a idéia dos árabes é comprar mais duas equipes no Velho Continente. Em alta com os xeques, Abelão já esnobou até o time de Robinho.

O Al-Jazira é controlado pelo grupo de investimento Abu Dhabi United Group, liderado pelo bilionário Mansour bin Zayed Al-Nahya. O grupo ficou famoso no futebol mundial por ter comprado o Manchester City e logo depois ter levado Robinho para a Inglaterra. Porém, o time está em crise e o técnico Mark Hughes corre risco de ser demitido. Por outro lado, Abel briga pelo título e o Al-Jazira, nos Emirados Árabes, está na liderança do campeonato.

Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM em Abu Dhabi, o brasileiro revelou que chegou a ser sondado para dirigir o City na Premier League. Mas que ainda não pensa em sair do Al-Jazira, já que o time disputará o Mundial de Clubes da Fifa se for campeão nacional neste ano.

"Daqui não saio e ninguém me tira. O projeto desses camaradas aqui é muito grande. Eles compraram o Manchester City. A idéia deles é comprar mais dois times na Europa. A idéia é que se eu ficar por aqui mais um ano e depois posso ir para um lugar desses aí, sabe? Porque eles já conhecem minha maneira de trabalhar, sou um cara transparente, leal, honesto. Eles estão pensando nisso aí para frente", contou.

Nem a chance de comandar Robinho (e talvez Kaká) agora mudaria os planos? Abel diz que não.

"Até de Manchester City já me falaram. Mas o City está jogando para não cair, eu estou jogando para ser campeão. Vou sair por quê? Estou bem aqui. Se eu for campeão nacional não saio de jeito nenhum", garantiu.

Brasil fora dos planos

Com a cabeça nos Emirados e na Europa, o Brasil passa longe dos planos de Abelão. O técnico deixa entender que não treinará mais nenhuma equipe brasileira até o final de sua carreira.

"Como a qualidade de vida é muito boa, se eu ficar aqui mais de dois anos, para mim deu, chega, não vou fazer mais nada da vida. Vou trabalhar, fazer alguma coisinha, mas já fiz o suficiente para os meus filhos. Vou pegar minha mulher e viajar muito", disse.

A pressão por resultados e a troca constante de técnicos no futebol brasileiro fazem Abel pensar duas vezes antes de querer retornar ao seu país.

"Não penso em voltar agora não. É muita pressão lá, tem que ganhar sempre, atiram muita responsabilidade no treinador sem merecer. No fundo, quem sempre faz boa campanha são aqueles que não mudaram o treinador. Quem muda duas ou três vezes paga um preço alto. Você nunca vence, mas sempre perde", concluiu.

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