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Mano Menezes convocou o meia Kaká pela primeira vez, mas deixou de fora jogadores experientes como Robinho e Lúcio | Ricardo Moraes/Reuters
Mano Menezes convocou o meia Kaká pela primeira vez, mas deixou de fora jogadores experientes como Robinho e Lúcio| Foto: Ricardo Moraes/Reuters
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Luto

Brasil perde o "comentarista da palavra fácil"

Morreu ontem, no Rio, o radialista Luiz Mendes (foto), que tinha 87 anos. Um dos mais longevos de sua profissão, ele trabalhou até os últimos anos de sua vida na Rádio Globo e era conhecido pela alcunha de "o comentarista da palavra fácil". Torcedor do Grêmio e do Botafogo, o gaúcho de Palmeira das Missões morreu de complicações de uma leucemia linfocítica crônica. Luiz Mendes participou das coberturas de todas as edições da Copa do Mundo entre 1950, no Brasil, e 1998, na França. Nas edições de 2002 a 2010, fez suas análises do Brasil, já debilitado por uma diabetes e pela idade avançada. Um dos momentos mais marcantes de sua trajetória foi quando narrou o gol marcado por Gigghia, para o Uruguai, na final da Copa de 50, contra o Brasil, no Maracanã. Costumava dizer, porém, que seu jogo inesquecível havia sido a final do Mundial de 1958, entre Brasil e Suécia – o primeiro título do mundial do país.

Agência Estado

  • Confira quem foram os convocados para a Seleção

Fora da seleção brasileira há mais de um ano, o meia Kaká, 29 anos, é a aposta de Mano Menezes para dividir com Ronaldinho, 31 anos, a liderança da equipe até a Copa de 2014. O jogador do Real Madrid foi convocado ontem por Mano para os dois últimos amistosos da equipe nacional neste ano – contra o Gabão, no dia 10 de novembro, e contra o Egito, no dia 14.

Já o zagueiro Lúcio, 34, capitão da era Dunga, ficou fora da lista e dificilmente voltará ao grupo. Mano preferiu levar apenas três defensores para essa viagem. Lúcio foi um dos jogadores que decepcionaram na Copa América da Argentina, em julho. "Penso no Kaká da mesma forma que [no] Ronaldinho Gaúcho. Precisamos de jogadores que têm essa trajetória de seleção e possam compartilhar essa responsabilidade", declarou Mano.

O técnico espera que Kaká assuma essa condição de líder. "Essa questão de referência de­­pende do papel que cada um assume, e é importante que ele possa assumir."

Kaká foi submetido a uma cirurgia no joelho esquerdo depois da eliminação do Brasil na Copa da África, no ano passado, e só conseguiu retomar o ritmo de jogo no início desta temporada. Na quarta-feira, ele jogou pela primeira vez uma partida até o final, na vitória do seu clube diante do Villarreal, por 3 a 0. Kaká foi um dos destaques.

O meia do Real comemorou, pelo Twitter, o seu retorno à seleção brasileira. "Muito feliz com a convocação para voltar à seleção. Depois de um longo período fora, a emoção de voltar é muito grande. Obrigado a todos que, como eu, esperavam esse momento", escreveu.

Na convocação, Mano deixou de fora os jogadores que atuam do país para não prejudicar os clubes na parte decisiva do Brasileiro. Sem a força máxima, o treinador admitiu que a seleção ficará mais fraca nos próximos dois amistosos. "Você não enxerga mais a seleção sem esses jogadores que atuam aqui. A seleção é quase 50% a 50% hoje. Então, claro que eles fazem falta, como os de fora também fazem", disse o técnico.

Além de Kaká, outros quatro jogadores foram chamados pela primeira vez na era Mano – Alex Sandro, Bruno César, Dudu e Willian. O goleiro Júlio César, da Inter de Milão, que se contundiu ontem, ficou de fora. Diego Alves, do Valencia, será o arqueiro titular.

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