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Bernard considera o Mundial de Roma seu maior desafio no ano | Gerard Julien/AFP
Bernard considera o Mundial de Roma seu maior desafio no ano| Foto: Gerard Julien/AFP

Montpellier, França - A prova mais importante da natação tem um novo recordista mundial. Ou melhor, um velho conhecido. O francês Alain Bernard quebrou o recorde dos 100 metros livre ontem, durante a disputa do Campeonato de Natação da França, em Montpellier. Com a marca de 46s94, na semifinal da prova, ele se tornou o primeiro homem a nadar a distância abaixo dos 47 segundos e escreveu definitivamente seu nome na história.

Aos 25 anos, Bernard é o atual campeão olímpico dos 100 metros livre e um dos maiores rivais do brasileiro César Cielo nas provas de velocidade. Ao quebrar o recorde mundial dessa distância pela quarta vez na carreira, o francês superou a marca do australiano Eamon Sullivan, que fez 47s05 durante as semifinais da Olimpíada de Pequim, em agosto do ano passado.

"Eu sabia que as condições estavam reunidas para fazer algo assim. Só queria nadar o mais rápido possível", disse o nadador francês. "Me tornar o primeiro a baixar dos 47 segundos, ainda mais na França, diante dos meus torcedores, é mítico."

O feito é apenas mais um capítulo do duelo pessoal que Sullivan e Bernard travam, desde o início de 2008, pela melhor marca nos 100 metros livre. Em 21 de março do ano passado, o francês foi o primeiro a superar o holandês Pieter van den Hoogenband, que detinha o recorde mundial da prova (47s84) desde 2000, marcando 47s60.

No dia seguinte, Bernard voltou a estabelecer a melhor marca, baixando para 47s50. O seu tempo só foi batido em agosto, já na Olimpíada de Pequim, quando Sullivan marcou 47s24 na abertura do revezamento 4x100 metros livre da Austrália. Mas o francês respondeu alguns dias depois, durante as semifinais dos 100 metros livre, com 47s20. Naquele mesmo dia, durante outra bateria das semifinais dos 100 metros livre dos Jogos de Pequim, Sullivan voltou a abaixar o tempo, com 47s05.

O novo recorde ainda precisará ser homologado pela Federação Mundial de Natação (Fina), porque Bernard utilizava, pela primeira vez, um novo traje desenvolvido pela fabricante de material esportivo francesa Arena. A dúvida é se o maiô se encaixa nas normas da entidade, que tem sido rigorosa nesse tipo de controle.

A despeito da espera pela confirmação do novo recorde, Bernard se mostra confiante sobre o futuro. Em entrevista concedida há 15 dias ao jornal francês Le Monde, ele admitiu que seu maior desafio na atual temporada é ganhar a medalha de ouro no Mundial de Roma, entre 26 de julho e 2 de agosto. Nesta competição, ele deve ter pela primeira vez o norte-americano Michael Phelps como adversário nesta distância."Phelps revolucionou a natação. Ao seu lado, somos apenas garotos. Mas no sprint é diferente. Veremos", avisou o francês.

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