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Mauro Madureira, que chegou a ter seu trabalho contestado, comemorou muito a vitória do Londrina neste domingo | Albari Rosa / Gazeta do Povo
Mauro Madureira, que chegou a ter seu trabalho contestado, comemorou muito a vitória do Londrina neste domingo| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

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Diretoria paranista promete protesto

O presidente do Paraná Clube, Aurival Correia, garantiu que o clube irá protestar formalmente contra o trio de arbitragem que comandou o jogo contra o Londrina. Segundo ele, é preciso que se pare de fazer experiências com árbitros novos em jogos do tricolor. "Tem que colocar árbitros com experiência e maturidade para jogos importantes como o de hoje".

Para Correia, a FPF não precisa escalar árbitros como Evandro Rogério Roman ou Heber Roberto Lopes – árbitros do estado que integram o quadro da Fifa -, mas que outros nomes já mostraram seu valor. "Têm outros árbitros bons, que não são conhecidos, que podem apitar. Esse de hoje ficou muito abaixo da crítica".

As críticas de Correia foram fortes e dirigidas. "Tão fazendo laboratório e querendo dar cancha para árbitros que não tem futuro nenhum. Vamos questionar isso e vamos cobrar uma posição mais formal. Não dá para trazer esse árbitros sem qualificação nenhuma".

  • Paulo Comelli reclamou muito da atuação do trio de arbitragem da partida e ao final do jogo, foi para cima deles para tirar satisfações
  • Os londrinenses também não gostaram da arbitragem
  • Murilo abriu o placar e comemorou muito, mas no final o Londrina riu por último
  • O jogo teve momentos de tensão e os jogadores se estranharam após a virada do Londrina

Determinado e organizado, o Londrina surpreendeu o Paraná Clube neste domingo (8), em plena Vila Capanema, e conquistou sua segunda vitória no Campeonato Paranaense. Depois de ter saído em desvantagem no placar (Murilo marcou para o Tricolor aos 4 do 2º tempo), o Tubarão teve paciência e em cinco minutos (Ricardo aos 22 e Borges aos 27) conquistou a merecida vitória. Com o resultado o Londrina foi a sete pontos, na 5ª colocação. O tricolor também tem sete, mas está no 7º lugar.O Paraná reclamou muito da atuação da arbitragem, que não deu um gol de Agenor (a bola entrou, mas a arbitragem não viu) e marcou impedimento em outros dois lances. "É sacanagem isso aí. Anulou dois gols legítimos nossos", berrava o treinador Paulo Comelli, que ao final do jogo foi tirar satisfações com o árbitro Selmo Pedro dos Anjos Neto.

"Pode ter entrado. Não tenho certeza para dizer se entrou ou não, mas se não entrou, foi por pouco", disse o goleiro Fernando, logo após a partida.

O atacante Givanildo, do Londrina, acredita que o resultado pode alavancar o time na competição. "Vínhamos de três resultados adversos, mas estávamos treinando muito e sabendo que a qualquer momento voltaríamos a ganhar. Quem sabe depois dessa vitória vamos engrenar".

Na próxima rodada é a vez do Paraná folgar. Como o Estadual tem apenas 15 times, a cada volta uma das equipes precisa ficar sem jogar. O Londrina entra em campo na quarta-feira (11), a partir das 19h30, contra o Foz do Iguaçu, na "Terra das Cataratas".

Primeiro tempo bom

Seguro na defesa e ousado no ataque, o Paraná Clube encontrou o Londrina atento na marcação e esperando uma brecha para encaixar um contra-ataque. Foi nesse ritmo e com esses objetivos que as duas equipes encararam os primeiros 45 minutos de jogo.

Desde os primeiros minutos o tricolor tentou o gol. Aos cinco, Wellington Silva recebeu grande lançamento de Kléber e na saída do goleiro Fernando, deu um toque de qualidade nas redes do Tubarão. Seria o primeiro gol paranista, mas o auxiliar de arbitragem Willian Bigaski Stolle viu posição irregular e anulou o gol paranista. Os jogadores reclamaram da marcação alegando que o jogador estava na mesma linha.

O jogo seguiu, apesar da indignação dos anfitriões. Pouco tempo depois, aos 13 minutos, o mesmo Wellington Silva recebeu o passe em profundidade, dessa vez pelo lado direito. Ele recebeu a bola e chutou cruzado, com força, nas redes de Fernando. Mais uma vez o auxiliar de arbitragem (o mesmo do lance anterior) viu uma posição irregular do atacante paranista e anulou o que seria o segundo gol do Paraná.

Alheio à arbitragem, o Londrina tentou abrir o marcador. Aos 14 minutos, pela direita, Rodrigo recebeu, abriu espaço e mandou uma bomba de fora da área. Ney se esticou todo e conseguiu espalmar para fora, evitando o perigo. A resposta paranista só não veio em forma de gol, porque Agenor não teve tranquilidade. Após cruzamento da direita, Wellington Silva ajeitou e o volante ficou de cara para o gol. Com tempo para escolher o canto, ele chutou mal, de raspão, e perdeu grande chance.

Depois de algumas boas oportunidades para os dois lados, o Paraná teve a grande chance de marcar. Aos 42 minutos, Kléber aproveitou um rebote e chutou muito forte. A bola bateu entre o ombro e o braço do jogador Carlão e o árbitro não teve dúvidas: pênalti para o Paraná. Lenílson bateu com força no canto esquerdo, mas Fernando saltou bem, desviou a bola – que ainda tocou na trave – e evitou o gol paranista.

Segundo tempo bem melhor

Os times voltaram para a segunda etapa com as mesmas formações e com a mesma determinação. Partiam para o ataque sem medo de desguarnecer a defesa. Aos 4 minutos, Edu Silva recebeu passe de Elvis, ajeitou e bateu cruzado. Fernando fez grande defesa e Murilo, na sobra, tocou para as redes do Tubarão, abrindo o placar na Vila Capanema.

O gol disparou o sinal de alerta no Tubarão, que não podia considerar uma derrota como aceitável, já que flertava com a zona do rebaixamento. Aos poucos, o gol de empate foi amadurecendo e aos 18 minutos, as redes paranistas não balançaram por centímetros. Rodrigo recebeu na ponta direita e, com capricho, chutou colocado, no travessão do goleiro Ney.

Gol ignorado determina virada

Aos 20 minutos o lance que determinou a sorte da partida. Depois de um cruzamento da esquerda, Agenor apareceu na pequena área para tocar para o gol. Fernando se jogou na bola e conseguiu fazer a defesa. No rebote, o mesmo Agenor chutou e o goleiro do Londrina, caído dentro do gol, espalmou. A bola passou a linha, mas o árbitro – para desespero de Agenor e da torcida paranista -, não marcou o gol legítimo do tricolor.

O lance abalou os paranistas e injetou ânimo no Londrina. Apenas dois minutos depois, Ricardo recebeu a bola de frente para o gol, deu um belo drible no zagueiro João Paulo, passou por Jonathas e num toque por cobertura, desviou a bola do goleiro Ney e empatou o jogo para o Tubarão. Um golaço.

Empolgados pelo empate, os visitantes mantiveram a forte pressão. Aos 27 minutos, cinco após o empate, o cruzamento da direita saiu caprichado e Borges, por entre os zagueiros, subiu mais que todo mundo e cabeceou com categoria no ângulo de Ney. O segundo gol londrinense fez com que Paulo Comelli tentasse reorganizar o time, abalado desde que o árbitro não deu o gol de Agenor aos 20 minutos.

Não adiantou muito. As entradas de Gedeon e Everton serviram apenas para trocar dois jogadores desgastados, por dois com fôlego em dia. O problema é que o técnico Mauro Madureira recuou seu time com eficiência e se fechou na defesa, esperando o término da partida.

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