Repercussão
Em 13 rodadas, talvez a derrota do Atlético sofrida diante do América-RN tenha sido a mais dolorosa para os jogadores da equipe. Além de perder para um dos piores times da Série A, a atuação ruim do time não foram aceitas por ninguém após o jogo.
Para quem esteve em campo durante os 90 minutos, as críticas foram mais pesadas. "A gente trabalha a semana toda, treinando bolas paradas, ai chega no jogo e toma um gol assim, é f....", disse, ainda de cabeça quente, o goleiro Guilherme.
Leia também o que disse o meia Evandro______________________________
Antes da bola rolar em Natal, o técnico Antônio Lopes estudou o América-RN e armou um esquema de jogo para o Atlético. Entretanto, nada do que o Delegado programou foi executado pelos seus comandados. E o treinador não poupou críticas aos seus atletas por isso.
"Fomos um time muito mal na marcação. Jogadores que tínhamos determinado uma marcação forte em cima, como o Souza, o Paulo Isidoro e o Arlon, ficaram soltos o tempo todo. Deixamos o Souza jogar à vontade, o Paulo Isidoro e o Arlon também, dominava, girava e partia para cima", avaliou, sem esconder a decepção.
Há dois jogos, o Atlético Paranaense estava perto da zona de rebaixamento. Porém, a goleada sobre o Juventude deixou o time mais perto do bloco de cima, e novo triunfo em Natal poderia deixar o Furacão perto da zona da Libertadores. Poderia. Isso porque os atleticanos fizeram novamente uma péssima partida no Estádio Machadão e caíram diante do América-RN por 2 a 1.
De "brinde", a equipe paranaense ajudou o Dragão a vencer a sua primeira dentro de casa, para alegria dos torcedores do fraco time nordestino. Mas o modesto América-RN compensou a sua limitação técnica com vontade, o que não se viu no Rubro-Negro durante todo o primeiro tempo. Foi nesta etapa que a equipe fez a sua vantagem.
O jogo ruim melhorou um pouco na etapa final, com modificações de Antônio Lopes dando um pouco mais de poder ofensivo ao Furacão. Mas foi pouco. A maior posse de bola não se converteu em mais do que um único gol rubro-negro, e a derrota foi decretada enquanto a retranca dos potiguares dava certo.
Na quarta-feira (25), o Atlético volta a jogar na Arena da Baixada, recebendo o Cruzeiro. Já o América-RN só volta a campo no próximo domingo (29), quando recebe o São Paulo no Machadão.
Falha coletiva propicia gols do Dragão
O fato de enfrentar um dos piores times do Brasileirão parecia que iria beneficiar o Furacão, que começou jogando o seu futebol de caráter ofensivo. Mas isso só durante o primeiro minuto de bola rolando, porque depois, só deu América-RN. Mesmo jogando com três volantes, o Atlético não marcava bem, e os jogadores ofensivos do Dragão começaram a explorar os espaços.
Ganhando todas no meio-campo, os potiguares desceram três vezes ao ataque, e nessas a defesa fez o que pôde. Mas na quarta oportunidade, Paulo Isidoro usou a bola parada para alçar a pelota na área rubro-negra. Os atacantes do América-RN não alcançaram, nem a zaga do Furacão. No aguardo de que alguém fosse tocar na bola, Guilherme não saiu do gol e acabou indo buscar a bola no fundo do gol.
O Atlético sentiu o revés e não mudou sua forma de jogar. Entre os gritos de Antônio Lopes pedindo para a equipe se adiantar, o Dragão fez o segundo, após jogada de Arlon. O atacante cruzou rasteiro e Reinaldo, no meio de vários adversários, tocou para o gol atleticano. A partir daí, mesmo com mais pose de bola, os donos da casa recuaram, mas para piorar, o Rubro-Negro não teve força para chegar.
O jogo já estava sofrível, e a esperança era de alguma melhora na etapa complementar.
Atleticanos correm mais, mas não o bastante
Alguns dos piores em campo nos primeiros 45 minutos foram sacados antes do início do segundo tempo. João Leonardo e Dinei saíram para as entradas de Evandro e Marcelo Macedo. O Atlético até melhorou com as mudanças, dominou o meio-campo, mas faltou qualidade para arremates mais perigosos.
Já o América-RN procurou só se defender, atuando nos contra-ataques. Porém, sem qualidade, não conseguia fazer o goleiro Guilherme participar do jogo na etapa final. Entre alguns arremates e posse de bola, os atleticanos conseguiram vencer o arqueiro René depois de boa jogada de Jancarlos. Alex Mineiro, apagado na partida, recebeu e bateu forte, no canto, para diminuir.
Na seqüência, esperava-se uma forte pressão dos visitantes. Mas o excesso de passes errados e a forte marcação dos potiguares não deram espaço para maiores pretensões atleticanas. Diante disso, a equipe sucumbiu e ficou o gosto amargo da derrota. E para um time visivelmente inferior.
Veja a ficha técnica e os principais lances da derrota do Furacão
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