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Com os chapelões dos persongens de Los 3 Inimigos, de Tiago Recchia, torcedores de Coritiba, Atlético e Paraná dão o seu recado pela paz no futebol | Priscila Forone/Gazeta do Povo
Com os chapelões dos persongens de Los 3 Inimigos, de Tiago Recchia, torcedores de Coritiba, Atlético e Paraná dão o seu recado pela paz no futebol| Foto: Priscila Forone/Gazeta do Povo

Os torcedores mais saudosistas teriam voltado no tempo se tivessem visto atleticanos, coxas-brancas e uma paranista lado a lado nos degraus do prédio da UFPR na Praça Santos Andrade, na manhã de ontem. Lembrariam do tempo em que era assim nos degraus das arquibancadas dos estádios.

Na escadaria estavam cerca de 90 torcedores que participaram da Caminhada pela Paz nas Torcidas, evento organizado por participantes das comunidades oficiais do trio de ferro no Orkut, impulsionado pela morte do torcedor do Atlético João Henrique Vianna, atropelado quando voltava do Atletiba do dia 25/10.

"Queremos mostrar que é possível torcidas rivais caminharem juntas. E cobrar das autoridades o cumprimento do Artigo 39 do Estatuto do Torcedor e o Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta", explica Camila Lopes Ferreira, atleticana, uma das organizadoras do evento.

O Artigo 39 determina a suspensão do torcedor que causa tumultos em eventos esportivos. O Termo, por sua vez, foi assinado pelo Ministério Público, Secretaria de Estado de Segurança Pública, Federação Paranaense de Futebol, Coritiba, Atlético e Paraná Clube em setembro de 2008 e define ações de segurança a serem adotadas para jogos de futebol no estado.

Algumas, como a criação de juizados especiais que, em dias de jogos, registrem boletins de ocorrência de torcedores autuados por infrações, ainda não saíram do papel. "Estamos pedindo apenas o cumprimento de leis que já existem", diz o organizador do evento, o coxa-branca José Carlos Mazza.

Camila destaca que a caminhada foi "o pontapé inicial" de uma campanha. No sábado, fizeram circular um abaixo-assinado que pede mais ações de segurança torcedores e população. O documento será enviado ao Ministério Público.

A caminhada seguiu pelo calçadão da Rua XV de Novembro até a Praça Osório. Em silêncio, simplesmente. Foi assim que chamou a atenção de quem percorria o comércio.

"Deveria ser sempre assim entre torcedores, se até os jogadores se cumprimentam depois dos jogos", disse Júlio Cesar de Oliveira, que fazia compras com a mulher, Margarete.

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